quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O ALIMENTO DO POPEYE

Oglobo
Espinafre com silício produz mais energia que células solares


As propriedades elétricas do silício são adaptadas para combinar com a proteína
Foto: Divulgação

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, desenvolveu uma maneira de combinar a proteína fotossintética do espinafre com o silício, material que converte luz em energia eletroquímica. O resultado é uma corrente elétrica maior do que a geralmente registrada por células solares híbridas.

— A combinação produz níveis quase mil vezes maiores do que fomos capazes de alcançar pelo depósito de proteína em metais. Gera também ainda mais tensão — revela David Cliffel, um dos autores do estudo. — Se continuarmos nesta trajetória de aumento de níveis de corrente, podemos atingir, em três anos, uma ampla gama de tecnologia de conversão de energia solar.

Uma hipótese para o sucesso do experimento, dizem os cientistas, é a adaptação das propriedades elétricas do silício para atender a proteína. Isso é feito através da implantação de átomos carregados eletricamente para alterar a propriedade do elemento.

O próximo passo dos pesquisadores é criar uma célula solar de silício que utilize esta propriedades. Um painel de dois metros de altura com esta tecnologia poderia gerar, no mínimo, 100 miliamperes em um volt. É o suficiente para abastecer diversos tipos de aparelhos eletrônicos de pequeno porte.

Há mais de 40 anos, cientistas descobriram que proteínas envolvidas na fotossíntese continuam a funcionar mesmo quando extraídas a partir de plantas como espinafre. Descobriram também que a eficiência de geração elétrica é de 100%, em comparação com os 40% menos do obtido com dispositivos artificiais. Desde então, pesquisadores de todo o mundo buscam usá-las para criar células mais eficientes.

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