sábado, 23 de junho de 2012

ARRAIÁ 23


Hoje é dia de Arraiá 23, na Avenida Marechal Rondon em Candelária.

A partir das 20 horas de hoje a festa de São João será bem movimentada no Arraiá 23 em Candelária, com forró, fogueira e comidas típicas.

O presidente regional do PPS, ex-deputado Wober Junior, receberá convidados como o presidente regional do PDT, ex-prefeito Carlos Eduardo, a presidente regional do PSB, ex-governadora Wilma de Faria, o presidente regional do PSD, vice-governador Robinson Farias, além de muita gente boa da cidade do Natal. 

CONVENÇÃO DO PDT

O PDT de Natal realiza hoje, a partir das 10 horas da manhã a sua convenção municipal, no Palácio dos Esportes Djalma Maranhão.

A convenção irá homologar a candidatura à prefeito do presidente regional do PDT, ex-prefeito Carlos Eduardo.

O PSB, que também realiza sua convenção hoje,deverá homologar a candidatura de vice-prefeito, cujo nome escolhido é da presidente regional do PSB, ex-governadora Wilma de Faria.

Alguns analistas consideram, de olho nas pesquisas, esta chapa, praticamente imbatível e com grande chance de vencer o pleito já no primeiro turno.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

ELEIÇÕES 2012 - MAXARANGUAPE


Dia 29/06, o grupo político da Prefeita Neidinha, liderados pelo ex-prefeito Amaro Saturnino,fará a sua convenção em Maxaranguape.

A novidade é a presença de Marinho (filho de Amaro, de camisa verde na foto) na chapa majoritária como candidato à vice-prefeito.

Marinho que foi secretário da atual gestão de Neidinha, desempenhou bem seu papel na secretaria e demonstra ser vocacionado e competente.


A ENTREVISTA DE SALES, EX-CORREGEDOR.

O Governo do Estado do Rio Grande continua metendo os pés pelas mãos, não só na relação com os próprios funcionários, como também, na forma desastrosa de exonerar seus auxiliares mais graduados.

Temos o caso do ex-secretário de Saúde Domício Arruda, demitido pelo jornal nacional da rede globo e agora o corregedor da polícia civil, Francisco de Sales Felipe, demitido pelo Diário Oficial do Estado, quando se encontrava em viagem à Brasília.

Recebi de Sales um e-mail com o vídeo de sua entrevista à TV Ponta Negra, que reproduzo aqui, dando crédito e  avalizando as suas palavras:

Amigo Chagas Lourenço, faça bom uso dessa entrevista que concedi, ontem, à TV Ponta Negra.






O TETO PODE CAIR

Oglobo


Governo reage contra fim do teto salarial 

proposto em PEC

Miriam Belchior: “Foi uma primeira votação, mas espero que não avance”
Foto: O Globo / Ailton de Freitas
Miriam Belchior: “Foi uma primeira votação, mas espero que não avance”

BRASÍLIA e RIO - Diante das iniciativas que surgem no Congresso voltadas para o aumento de gastos com pessoal, o Ministério da Fazenda conclamou os governadores a convencerem as bancadas de seus estados a não aprovarem esses projetos. Evitando declarações públicas sobre uma proposta ainda em discussão no Congresso — a da PEC que acaba com o teto salarial para o funcionalismo e que ainda precisa ser aprovada no plenário da Câmara, e, depois, no Senado —, integrantes da equipe econômica do governo criticaram nesta quinta-feira, reservadamente, a intenção dos parlamentares de mudar essa regra, afirmando que ela está na contramão da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Para o presidente da Câmara, deputado federal Marco Maia, se o funcionário público se aposenta recebendo um benefício equivalente ao teto do funcionalismo, ou próximo do teto, e é chamado a trabalhar novamente para o Estado, precisa receber a mais por isso. Por isso, defende o fim da chamada cumulatividade para efeito do teto salarial:

— Se não, ele vai trabalhar de graça ou por caridade, já que ele já recebe como aposentado. Ele não vai acumular, vai receber a mais pelo serviço que presta ao Estado depois de se aposentar. Isso, eu acho perfeitamente normal, e é bom para o país, inclusive, para que você possa se utilizar de experiências acumuladas de pessoas que tenham conhecimento, mas que se aposentaram dentro da lei e possam trabalhar por mais tempo no serviço público — disse Maia.

O presidente da Câmara minimizou a aprovação da emenda numa comissão especial, afirmando que muitas matérias passam em comissões e ficam tempos na fila de votação no plenário. Maia garantiu que o tema não está na ordem do dia da Casa.

Na opinião do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, a proposta é um “retrocesso”:

— Com a aprovação, podemos reeditar a figura dos marajás, distorções injustas, um servidor receber mais que o presidente da República. A burocracia deve ser bem remunerada, mas o céu não pode ser o limite.

No Rio, onde acompanhou a presidente Dilma Rousseff na Rio+20, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, criticou a votação na Câmara:

— Acho essa decisão muito preocupante — disse a ministra, segundo o site do jornal “O Estado de S. Paulo”. — Foi uma primeira votação, mas ela é importante e, por isso mesmo, espero que não avance.

PEC 300 também preocupa governo

Outro exemplo que alarma o Planalto são a PEC 300, segundo a qual reformados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros reivindicam o mesmo piso salarial que os servidores das categorias em Brasília, cerca de R$ 7 mil.

A sugestão para que os chefes dos Executivos estaduais intercedam em suas bancadas foi do governador da Bahia, Jaques Wagner. Segundo uma fonte do governo federal, outra preocupação diz respeito ao recolhimento de 2% das receitas dos orçamentos para as Defensorias Públicas

Na contramão da opinião predominante no governo, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), defendeu ontem a flexibilização da regra, como prevê a PEC em tramitação na Câmara. Ele é favorável ao fim da aplicação do teto nos casos em que o funcionário tiver uma aposentadoria. Ou seja, propõe que seja possível acumular um benefício previdenciário com um salário em novo emprego público, ainda que a soma ultrapasse o teto.




CANNABIS TOUR

Elder Ogliari - O Estado de S. Paulo

Maconha uruguaia preocupa brasileiros

Jovem pede legalização; governo enviou ao congresso projeto para plantar e vender a droga - El Observador

PORTO ALEGRE - A proposta do governo uruguaio de estatizar a venda de maconha já preocupa autoridades do lado brasileiro da fronteira. O projeto foi divulgado na quarta-feira, 20, pelo governo de José Mujica como parte de um pacote de 16 ações de segurança pública e depende de aprovação do parlamento uruguaio. Mas já repercutiu em cidades como Chuí, Santana do Livramento e Quaraí, no Rio Grande do Sul, separadas das uruguaias Chuy, Rivera e Artigas por apenas uma rua.

Em Santana do Livramento, município mais populoso da região, com 82 mil habitantes, o assunto pautou as rodas de conversa durante a fria e cinzenta quinta-feira. Acostumados à chegada de ônibus de excursão lotados de turistas mobilizados pelas compras nos free shops existentes em Rivera, os santanenses imaginam, em tom de piada, que no futuro receberão também "Cannabis tour", de visitantes interessados em consumir a droga no lado uruguaio da fronteira.
Revenda. Apesar da brincadeira e de restrições como venda controlada, limitada a 40 cigarros por mês exclusivamente para uruguaios, a mudança na legislação uruguaia pode repercutir no lado brasileiro, onde vivem muitas pessoas com dupla cidadania. "Em tese, um comprador regularizado pode revender parte de seus cigarros a terceiros", comenta o delegado da Polícia Federal Alessandro Maciel Lopes. "Mas tudo depende de como o Uruguai vai operacionalizar a produção, o comércio e o controle, algo que ainda não sabemos."
O prefeito de Santana do Livramento, Wainer Viana Machado (PSB), também se mostra preocupado com o projeto. "Como os uruguaios mesmo dizem, ‘hecha la ley, hecha la trampa’", cita, para apontar a revenda da droga adquirida legalmente e o eventual turismo voltado ao consumo como possibilidades decorrentes da legalização da venda do outro lado da fronteira.
No município do Chuí, o supervisor do Gabinete de Gestão Integrada da prefeitura, João Luiz Cardoso de Oliveira, demonstra inquietações semelhantes. "Não sei se é indicado fazer esse tipo de liberação", admite. "Devemos, é claro, respeitar decisões de um país vizinho, mas temos algumas preocupações diante do projeto."

quinta-feira, 21 de junho de 2012

ELIANE CATANHÊDE


O crime compensa?
DE BRASÍLIA  

Há uma enorme perplexidade, sobretudo em Brasília, diante dos sucessivos erros de Lula depois de sair da Presidência e assistir, da planície, ao sucesso de Dilma no Planalto e nas pesquisas.

A aliança de Lula com Paulo Maluf, porém, tem uma lógica eleitoral (certa ou errada) e combina perfeitamente com todos os movimentos de Lula durante seus oito anos na Presidência, resumidos numa frase: vale tudo pelo poder.
Ao juntar-se a Maluf e anunciar a aliança no bunker malufista, diante de uma multidão de fotógrafos, Lula sobrepôs o que considera ganhos eleitorais (quantitativos) a inevitáveis perdas políticas (qualitativas).

Explico: ele vendeu o PT a Maluf por um minuto e meio e pelo ainda forte capital de votos de Maluf em setores conservadores e na periferia da capital paulista. E deu de ombros para a evidente reação de petistas, tucanos ou marcianos.

Fazendo o cálculo, Lula concluiu que valia a pena prestar-se ao que Luiza Erundina chamou ontem de "higienização" de Maluf. A imagem do PT? Já não anda lá essas coisas mesmo desde o mensalão...

Pragmatismo em puríssimo estado, tão ao gosto de quem se atirou com tanto prazer nos braços de Collor, de Sarney, de tantos outros inimigos históricos do PT. E, quando se fala de Maluf, a questão não é ideológica, programática, política. A questão é visceralmente ética.

Registre-se, de quebra, o protagonismo de Lula e a inexpressividade do próprio candidato Fernando Haddad. Em todos os episódios, com Marta, Kassab, Maluf, Erundina, ele parece um mero figurante, de cabelo novo, roupa nova, sorriso novo e completamente dispensável seria deselegante falar em marionete.

Um efeito prático no grave erro político do abraço a Maluf, portanto, é que Haddad vai aumentar e Lula vai reduzir a presença em cena. Nos bastidores, porém, continuará ensinando ao pupilo que o crime compensa.

A MELANCIA E A PRÓSTATA


REMÉDIO NATURAL PARA A PRÓSTATA‏

Por João Aliprandi - Vitória (ES)

Não sou dado a recomendar remédios, mas desta vez não posso resistir a divulgação dos resultados milagrosos que venho constatando pessoalmente. Por sugestão de um cunhado meu, comecei a cerca de um mês a tomar diariamente um copo de suco de melancia com sementes, visando a diminuir o tamanho da próstata. Já há algum tempo venho com dificuldade de urinar e fazendo o controle periódico do tamanho da próstata. Depois deste tratamento já melhorei substancialmente. 

No caso do cunhado que me recomendou o tratamento com o suco, ele já estava em preparação para uma cirurgia, quando recebeu a receita de um médico naturalista. Em quatro meses de tratamento com o suco, o tamanho de sua próstata reduziu-se bastante, dispensando a cirurgia, para espanto de seu médico. Os resultados milagrosos devem-se ao alto teor de LICOPENO da melancia. 

Portanto não custa nada experimentar. No pior dos casos vocês estarão tomando um gostoso suco. Na expressão latina: 'quod abundat non noscet' (o que abunda não prejudica).

Verificando pela internet sobre o licopeno encontrei o seguinte texto, que comprovam o texto acima:
Licopeno é uma substância carotenóide que dá a cor avermelhada ao tomate, melancia, beterraba, pimentão, entre outros alimentos. É um antioxidante que, quando absorvido pelo organismo, ajuda a impedir e reparar os danos às células, causados pelos radicais livres. Os radicais livres são produzidos durante funções normais do corpo humano, como respiração e atividade física. Também são formados como resultado do hábito de fumar, superexposição ao sol, poluição do ar e estresse. 

São altamente reativos e, se não controlados, podem danificar as moléculas importantes das células saudáveis do corpo humano. Isso pode contribuir para o desenvolvimento de várias doenças, como câncer e doenças cardiovasculares. Assim como o betacaroteno, o licopeno é transportado no sangue humano por meio de lipoproteínas, principalmente a LDL. A principal função da LDL é fornecer colesterol para as células do corpo e, ao fazer isso, também fornece licopeno e betacaroteno. Os maiores níveis de licopeno e de betacaroteno são encontrados no fígado (principal local de armazenamento). No tecido adiposo, a taxa de carotenóides é muito baixa. No entanto, devido à quantidade total de tecido adiposo no organismo, também pode ser um importante local de armazenamento.

A melhor fonte de licopeno é o tomate. É um alimento pouco calórico, com seus efeitos antioxidantes, fonte de fibras e bem utilizado na culinária pela sua cor, melhorando a aparência dos pratos. O tomate é matéria prima que pode entrar em diversas refeições. Quanto maior a concentração de tomate em uma receita, maior o teor de licopeno e os benefícios por ele proporcionados. Este possui maior aproveitamento quando combinado a uma pequena quantidade de gordura, preferencialmente tipo monoinsaturada.

Encontra-se presente em alimentos como o tomate (média de 3,31mg em 100gr) e o mamão (média de 3,39mg em 100gr). A absorção do licopeno é maior quando o alimento em questão é cozido, pois o rompimento das paredes celulares do alimento, facilita o contato deste com a mucosa intestinal. O licopeno da melancia e do mamão é muito biodisponível (em torno de 60%), enquanto o do tomate cru está em 13% contra 70% do mesmo tomate quando cozido. Assim sendo, alimentos como a massa e ou molho de tomate são ótimas fontes desse antioxidante valioso e barato.

Existem algumas evidências de que o consumo regular de licopeno, diminui a probabilidade de um indivíduo ter câncer da próstata. De fato, estudos australianos em fase avançada, estão demonstrando que o uso regular do licopeno reduz a incidência de alguns tumores viscerais.

terça-feira, 19 de junho de 2012

LULA E MALUF

Ricardo Galhardo , iG São Paulo

Foto de Maluf com Lula foi o estopim para Erundina

Por exigência de Maluf, Lula vai a evento que oficializou o apoio do ex-prefeito a Haddad

foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado do deputado Paulo Maluf (PP-SP) foi o estopim da explosão da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que disse estar revendo a decisão de ser candidata a vice e deflagrou uma crise na campanha do candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.
Erundina disse a integrantes da direção do PSB ter se sentido despretigiada por Lula, que se deslocou até a casa de Maluf hoje mas não foi à cerimônia de formalização de sua candidatura à vice de Haddad na sexta-feira, alegando recomendações médicas (ele passou fez uma biópsia e retirou um cateter na quarta-feira).
“Isso já demais”, disse Erundina, segundo uma fonte.
No início da tarde, antes da explosão de fúria de Erundina, colaboradores de Lula e dirigentes petistas disseram que a presença do ex-presidente foi uma exigência de Maluf para fechar o acordo.
Na manhã desta segunda-feira Lula vestiu um terno cinza, entrou mau humorado no carro oficial preto e, contrariando orientações médicas, rodou 24 quilômetros que separam seu apartamento em São Bernardo do Campo da mansão do deputado Paulo Maluf (PP-SP), no Jardim América, em São Paulo. Ela passou os 40 minutos da viagem calado.
Na casa de Maluf trocou poucas palavras, quase sussurros e posou para fotógrafos que se aglomeravam no portão da garagem. Assim que o portão foi fechado Lula dispensou delicadamente a feijoada oferecida pelo anfitrião alegando restrições de saúde, entrou novamente no carro oficial e voltou para São Bernardo.
Lula ficou pouco mais de 10 minutos na casa de Maluf. “Pelo que me recordo foi a primeira vez que ele esteve lá em casa”, disse o deputado.
Para o deputado de 80 anos, que não pode sair do Brasil por causa de um pedido de prisão internacional e vê seu poderio político declinar a cada eleição, uma foto ao lado de Lula dentro de sua casa teria mais valor do que secretarias num futuro governo Haddad ou cargos de segundo escalão no Ministério das Cidades, comandado por seu próprio partido.
O ex-prefeito negou ter feito a exigência mas um colaborador próximo confirmou: “Maluf não tem mais grandes ambições políticas. Para ele o que vale é a biografia”.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

NOVO DONO DO PÃO DE AÇUCAR

IstoéDinheiro por Guilherme Barros

Novo dono do Pão de Açúcar diz que batalha com Abilio Diniz é “apaixonante, titânica e extraordinária”

Na semana em que assume o controle do Pão de Açúcar, Jean-Charles Naouri, presidente do Casino, mostra em entrevista exclusiva ao Wall Street Journal, que gosta de uma briga.

Com o título “Novo rei do varejo brasileiro tem os inimigos para prová-lo”, o jornal norte-americano traça um perfil do polêmico novo controlador da rede brasileira.

De acordo com o jornal, a estratégia de crescimento do empresário francês segue a mesma receita há décadas: uma complexa estrutura financeira e a compra de participações em empresas familiares, seguida por disputas para controlá-las.

Perito em disputas judiciais, o empresário demonstra especial interesse pela batalha com Abilio Diniz. “Esta batalha é apaixonante, titânica e extraordinária”, descreve Naouri ao jornal.

Pelo visto, a disputa promete novos rounds.

SEM TERNO E GRAVATA

IstoéDinheiro por Guilherme Barros


Itaú Unibanco abole o uso do terno e gravata



Como parte do processo de uma nova cultura que vem implementando desde a fusão, em 03 de novembro de 2008, o Itaú Unibanco decidiu agora abolir o uso diário do terno e gravata a todos os seus executivos.

Antes, o Itaú Unibanco só autorizava não se usar o terno e a grava nas sextas-feiras, o tradicional “casual day”, cujo modelo nasceu nos EUA e foi adotado no Brasil com sucesso.

Na nova regra do Itaú Unibanco, o que vai prevalecer é o bom-senso dos executivos para usar o terno e gravata. Para aquelas áreas com contato mais rotineiro com clientes, é de bom tom que use o terno e a gravata. Mas essa regra não existe mais.

A partir de agora, todos do conselho de administração, desde Roberto Setúbal, e Pedro Moreira Salles, até quem começa a dar os primeiros passos no banco, já estão livres para trabalhar sem terno e gravata.

FRAUDE EM CONCURSO PÚBLICO

Oglobo


Golpe transforma concursos públicos em 

cabides de emprego

RIO - Dez milhões de brasileiros participam de concursos públicos a cada ano. E uma quantidade incalculável deles está sendo passada pra trás. O programa "Fantástico" mostrou uma reportagem que mostra o golpe que transforma concursos em cabides de emprego. A fraude beneficia parentes e assessores de políticos em todo o país.

O "Fantástico" apurou que em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal, os ministérios públicos investigam algum tipo de fraude em concursos públicos. Só na Bahia, foram 36 casos de irregularidades. Em Mato Grosso do Sul, as questões de um concurso foram copiadas de uma prova feita antes no Pará. E, no Maranhão, um analfabeto foi aprovado graças ao esquema montado por um secretário municipal, parente dele.

A maior parte das fraudes acontece nos concursos municipais. Prefeitos e vereadores contratam uma empresa para organizar a prova e indicam os candidatos que eles querem ver aprovados. A reportagem denunciou as prefeituras de Novo Barreiro e Itati, no Rio Grande do Sul, e as empresas Inova, Ascom, DP, Lógica, RCV. O esquema é montado por prefeitos e vereadores, que contratam empresas para organizar a prova e indicam os candidatos que eles querem ver aprovados.

Em Novo Barreiro, no Rio Grande do Sul, aconteceu um caso curioso: uma mulher, que tentou se beneficiar da fraude, mas acabou reprovada, resolveu denunciar o prefeito.
- Ele chegou lá na minha casa e falou assim: ‘os meus eu tinha que deixar bem. Eu fiz o concurso dessa maneira porque eu não ia fazer um concurso para passar qualquer um’ - lembra.
Ela também acusou o prefeito de vender o gabarito das provas e, posteriormente, cobrar dos candidatos o valor como desconto no salário.

O prefeito Flavio Smaniotto não quis comentar a acusação.
- De dez, eu consigo aprovar 3 - disse um dos sócios da Inova, empresa que aplica provas, ao repórter do "Fantástico" que se passava por um negociador. Em outro momento, o repórter questionou o preço a ser cobrado pela indicação de oito candidatos a um representante da empresa Lógica.
- Para cada candidato indicado, eles pedem R$ 5 mil - disse o homem.

No entanto, ele afirmou que o preço pode ser negociado. Em outro momento, ele pediu "alguma coisa por fora" para "valer a pena", que seriam R$ 3 mil depositados diretamente em sua conta pessoal.

A fiscal de um concurso em Itati, no Rio Grande do Sul, notou que vários candidatos entregaram a prova quase em branco e mesmo assim foram aprovados. É a oficialização do cabide de empregos:
- O perfil que nós identificamos é sempre de alguma forma ligado ao administrador. Ou por laços de parentesco, ou por afinidade partidária, político-partidária, ou até mesmo quem já presta serviços ao Executivo - explica o promotor de Justiça Mauro Rockembach.

Trinta e oito candidatos foram indiciados na cidade, mas a maioria deles continua a ocupar os cargos conseguidos irregularmente.



domingo, 17 de junho de 2012

FAMÍLIA

Enviado por Cel.Marcondes Pinheiro



Trechos do livro "O Arroz de Palma" de Francisco Azevedo.

"Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema...Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir... Mas a vida... sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. 

O tempo põe a mesa,determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante.

Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe.

Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente...Já estão aí? Todos? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola.

Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza. 

Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. 

Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto: é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. 

Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada. 

O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini, Família à Belle Manière; Família ao Molho Pardo (em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria). 

Família é afinidade, é à Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seria assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. 

Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.

Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. 

Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie.
Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro.

Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete."

AMEAÇA AO MERCOSUL

Oglobo


Mudanças no mapa latino ameaçam Mercosul


Presidentes do Perú, Ollanta Humala; do México, Felipe Calderón; do Chile, Sebastián Piñera e da Colômbia, Juan Manuel Santos
Foto: DIVULGAÇÃO / Agência O Globo

Presidentes do Perú, Ollanta Humala; do México, Felipe Calderón; do Chile, Sebastián Piñera e da Colômbia, Juan Manuel Santos


RIO — Surgiu uma novidade no mapa político e econômico da América Latina: México, Colômbia, Peru e Chile uniram-se com o objetivo de dar plena liberdade às suas empresas e aos seus 215 milhões de habitantes para transitar, estudar, trabalhar, movimentar capitais e fazer negócios sem precisar de licença prévia dos governos locais. É o que prevê a Aliança do Pacífico, o novo bloco regional cuja criação foi anunciada na semana passada pelos presidentes Felipe Calderón (México), Juan Manuel dos Santos (Colômbia), Ollanta Humala (Peru) e Sebastián Piñera (Chile). Está prevista a adesão do Panamá e da Costa Rica no segundo semestre.

Foi um movimento surpreendente, rápido e eficaz. Em dezembro de 2010, o então presidente peruano Alan García lançou a ideia, recebida com entusiasmo por México, Colômbia e Chile. Um ano depois, eles se reuniram e fixaram o prazo de seis meses para um entendimento definitivo. Em março, chegaram a um consenso em inédita reunião de cúpula, por teleconferência. Na quarta-feira (6), em Antofagasta, no deserto do Atacama, assinaram o acordo básico.

Trata-se de um compromisso ambicioso, no qual se pretende a livre circulação de pessoas, mão de obra, capitais, bens, serviços e mercadorias, integração de redes de ensino (especialmente universidades), instituições financeiras (Bolsas de Valores) e criação de instâncias institucionais comuns, supranacionais.

As regras desse novo bloco são simples: para entrar é preciso ter tratado de livre comércio com todos os sócios, ser uma democracia, possuir estabilidade jurídica e constitucional. Ao Panamá e à Costa Rica, provisoriamente “sócios-observadores”, faltam acordos comerciais. Definiu-se que em dezembro entra em vigor o regime de livre circulação de mercadorias, ou seja, eliminam-se barreiras aduaneiras e regras de origem sobre o que é produzido pelos sócios.

Não é pouca coisa: México, Colômbia, Peru e Chile compõem um mercado de 215 milhões de consumidores, somam 35% do PIB da América Latina e são responsáveis por 55% das exportações desse pedaço do planeta.

Há aspectos geopolíticos relevantes. México, Colômbia, Panamá e Costa Rica são países bi-oceânicos, com saídas para o Pacífico e o Atlântico. Além disso, os integrantes da Aliança têm economias abertas, baseadas em acordos bilaterais de comércio com China, EUA, União Europeia, Japão, Coreia, Taiwan, Cingapura e os principais centros econômicos do Oriente Médio.

Na prática, significa que está nascendo um bloco político e econômico capaz de rivalizar com o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), fissurado pelas disputas entre sócios em torno de barreiras crescentes sobre um comércio regional de US$ 100 bilhões anuais.

Aliança define distanciamento do Chile, Peru e Colômbia do Mercosul

A Aliança marca um definitivo distanciamento do Chile, Peru e Colômbia do Mercosul, anulando todas as gestões prévias para suas participações no bloco do Atlântico Sul. Impõe o contraste de uma alternativa mais eficaz ao Mercosul, numa etapa em que Uruguai e Paraguai debatem a conveniência de continuar atados a um projeto de integração com escasso repertório de benefícios para suas economias. E deixa ainda mais isolados a Venezuela, o Equador e a Bolívia, onde floresce a desagregação política, social e econômica.

O tempo vai mostrar se os governos de México, Colômbia, Peru e Chile, com Panamá e Costa Rica, serão realmente capazes de converter a Aliança em “uma plataforma de articulação política, integração econômica e comercial e de projeção para o mundo, com ênfase na região Ásia-Pacífico”, como prevê a ata de constituição do novo bloco.

É certo, porém, que a iniciativa tem o frescor da inovação em um continente onde, depois de três décadas, o Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai continuam patinando na retórica palanqueira sobre a integração como meio de ampliar os direitos sociais, políticos e econômicos de mais de 200 milhões de pessoas.