sábado, 14 de maio de 2011

ESCOLHEMOS O FIM DA PRIVACIDADE

Enviado por Sergio Câmara.
Por Pedro Dória

RIO - Talvez alguns usuários de iPhone tenham se surpreendido, na semana passada, quando descobriram que o telefone registra dados sobre a localização de seu dono a cada minuto. E que envia tudo para a Apple. A maioria, no entanto, é como o típico consumidor digital. Está anestesiada o suficiente para não dar a mínima. Pois bem: celulares Android fazem o mesmo, a diferença é que no lado do receptor dos dados está o Google. A única maneira de sustentar a internet atual é abrindo mão de alguma privacidade. É porque a moeda corrente na rede são os sinais.
No jargão do Vale do Silício, signals, sinais, são cacos de informação. Sua localização geográfica. O número de links que uma página recebe. As línguas que um indivíduo fala. Sua velocidade de acesso à internet em cada momento do dia. A internet foi deficitária até a virada do século. Se virou um negócio formidável capaz de criar gigantes como Google, Facebook ou Amazon, é por dois motivos. Primeiro, estas empresas aprenderam a processar estes sinais e tirar conclusões a partir deles. Segundo, estas conclusões valem dinheiro, seja em propaganda, seja na venda direta de produtos.

A capacidade de nos provocar a ceder sinais é o que está no fundo das estratégias no Vale. Ao Facebook, cedemos um mapa de nossas relações sociais. Ao dividir artigos, entregamos nossos interesses. O Facebook sabe quantos filhos temos, quantas namoradas listamos ao longo dos anos, em que cidades vivemos.

Parece muito? O Google sabe tudo o que nos atiça a curiosidade. Até mesmo aquelas buscas feitas em segredo, quando a madrugada já chegou. O Google sabe, via Gmail, com quem nos correspondemos e o que está nessa correspondência. Se usamos um celular ou tablet Android, ele sabe por onde andamos.
Não é só informação pessoal. Some toda a informação enviada por todos estes celulares e o Google tem um mapa vivo de como é a internet, que redes wi-fi existem pelo mundo, a que velocidade trafegam, qual a qualidade da internet celular. E sabem que lojas há na vizinhança de cada um destes pontos.
Questionadas, de presto estas empresas dizem que a informação é anonimizada. Estes sinais não passam por mãos humanas. São processados por computadores que rodam programas de análise sofisticados, capazes de dar a propaganda certa no momento exato ou oferecer o produto que buscamos.
Não há almoço grátis. Informação pessoal é o preço do Google. Do Facebook. E, sim, aplique modelos estatísticos a todos estes sinais acumulados e eles revelarão um retrato de como somos, humanos, como jamais houve. Muda profundamente marketing, comunicação, a própria economia. Nos muda a todos. Estamos na pré-história desta economia movida a sinais acumulados digitalmente.
Privacidade tem motivo de ser. É nossa capacidade de controlar quanta informação cada indivíduo tem a nosso respeito que nos permite delimitar graus de intimidade. Sem este poder, não conseguiríamos estabelecer relações. Um computador analisando friamente estes dados não seria ameaça.
Governos, por outro lado, são ameaça. Se uma empresa acumula dados que podem nos identificar a interesses que preferimos ter como privados, há risco. Ao governo, basta uma ordem judicial. Numa ditadura, nem isso. Não é só governos que ameaçam. Uma empresa pode ser confiável hoje, mas e amanhã, quando for comprada por outra, quando estiver em crise, quando mudar de presidente?
Mas nós escolhemos usar o Facebook. Assim como escolhemos ter iPhones, buscar no Google. Todos nos prestam serviços valiosos. Ao escolher uma pizzaria e chegar até ela pelo GPS, ao comprar um ingresso de cinema ou encontrar aquele amigo de infância perdido, nossa vida fica mais fácil e, algumas vezes, até mágica. Entre a privacidade e a mágica, já fizemos nossa escolha. Ao fazê-la, disparamos uma máquina econômica. Empresas maiores e menores investem na produção, análise e monetização de nossos sinais.
Elas sabem onde é que estamos. Isso é bom. E é ruim.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

ATRASO NA REVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL


Posted by PicasaHenrique Santana, engenheiro civil, mestre em desenvolvimento e meio ambiente



Vejo como vergonhoso o que o Jornal Nacional denuncia nessa semana sobre a qualidade da educação no Brasil, em especial na escola pública. Não entendo como um desastre como esse não nos revolta mais fortemente. A qualidade no ensino público no Brasil vai muito mal. E o problema é grande.


 A escola pública é responsável por oito em cada dez alunos no ensino fundamental e médio no Brasil. São mais de 40 milhões de crianças e jovens nesta condição, segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do ano passado. Não adianta maquiar os dados, inventando nomenclaturas, planos de remuneração de aluno somente por comparecer às salas de aula e a abolição da repetência. O ensino público, responsável por 80% do atendimento aos alunos brasileiros, segue ainda em decadência ou se recupera em uma velocidade incompatível com as demandas que se criam no mundo nesse início de século. 


O mesmo PNAD reconhece que os índices educacionais pioram, com taxas crescentes de repetência e evasão escolar e com a qualidade do ensino se demonstrando em declínio em todas as avaliações. 


Na base do problema está a nossa apatia como cidadãos e o desinteresse dos governos em atacar o problema de forma revolucionária, como é necessário. Falta participação social, decisão política e investimentos financeiros em montante compatível com o tamanho do desafio. Gestores despreparados, professores desvalorizados por baixos salários, projetos pedagógicos inadequados e escolas em péssimas condições físicas, um caos. Joga-se no mercado, anualmente, um batalhão de semi-analfabetos, onde 25% dos egressos do ensino médio não entendem o que conseguem ler. Uma revolução se faz necessário.


Os Estados Unidos fizeram isso em 1870, dobrando os investimentos na educação em 10 anos e universalizando o ensino. Ainda em 1910 todas as crianças americanas freqüentavam uma escola de tempo semi-integral. A China e a Coréia do Sul fazem um esforço parecido desde a década de 70. O Chile é um exemplo aqui na AL.


Aqui no Brasil, seria preciso, em primeiro lugar, resolver o gargalo do pacto federativo que divide as responsabilidades com o ensino público. O ensino infantil e fundamental é obrigação dos municípios e o ensino médio é atribuição dos estados. Isso não está funcionando. A distribuição dos recursos nacionais entre os entes federativos marcha para um impasse. 


Os municípios e estados, principalmente os mais pobres, ficam com o pires na mão, esmolando recursos para cumprir as suas responsabilidades. O Governo Federal não consegue fazer o dinheiro que arrecada (e como) chegar à ponta para financiar as prioridades brasileiras, como a educação deveria ser. Municípios ou estados ricos estão se diferenciando dos pobres pela qualidade do ensino que oferecem, criando ilhas de qualidade em um país que se diz nação. São necessários mecanismos que homogeneízem a qualidade da escola pública em todo o Brasil para perseguir níveis educacionais que sejam os melhores possíveis e que sejam disponibilizados de forma igualitária em todo o território brasileiro. 


O governo Dilma daria um passo gigantesco se tomasse esses rumos como foco estratégico do governo que se inicia. Fernando Henrique deu estabilidade à moeda e modernizou a economia. Lula transferiu milhares de brasileiros para a classe C, reduzindo a pobreza. Dilma, nos seus primeiros passos, deveria fazer a revolução na educação do Brasil. Vejo assim.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

EDUCAÇÃO PÚBLICA



Geraldo Batista
geraldobaatistaaraujo@gmail.com 


Fui professor do primeiro, segundo e terceiro graus. Ainda tenho saudades dos meus alunos e alunas da quarto ano ginasial como se chamava na década de sessenta. Sempre fui muito exigente. Certa vez, no final do mês de maio, chamei duas irmãs minhas alunas e avisei que elas precisavam estudar muito mais para não serem reprovadas. A mais velha me perguntou: “O senhor teria coragem de reprovar duas cunhadas do Secretário de Educação do Município?" Se ele fosse meu aluno e não estudasse eu o reprovaria também. No final do ano, ambas foram reprovadas. Citei esse fato para lembrar que antigamente o ensino público era levado a sério.
Hoje, o professor finge que ensina, o aluno faz de conta que aprende. Para mim, um dos grandes culpados pela derrocada de nossa educação é a remuneração paga a um professor. Na década de oitenta, acompanhei a rotina de um professor que lecionava em dois colégios e em um cursinho, onde era famoso pelas suas excelentes aulas. Ele tinha que sair correndo de um colégio para outro, não tinha tempo de preparar aula e muito menos de corrigir deveres e provas. Ele me disse: “Quem me mantém de verdade é o cursinho onde eu ganho muito mais.” Enquanto um vereador em Natal custa ao erário mais de cinquenta mil reais por mês, um professor não ganha nem 5% disso.
Antigamente, o aluno tinha que se esforçar muito para passar, hoje é preciso pistolão para ser reprovado. Um aluno da oitava série de uma escola pública não sabe ler, no máximo soletra e não entende o que está lendo. (Na noite do dia 10 de maio último, a Globo provou essa realidade pedindo a um aluno pra ler um pequeno texto e ele disse que não sabia ler) Muitos estudantes concluem um curso superior na Universidade e não sabem interpretar um texto em língua portuguesa. Quando a Professora Eleika Bezerra foi Secretária de Educação do Município de Natal, me solicitou que organizasse um concurso público e exigisse que os candidatos interpretassem uma frase. A frase era: “O bem se paga com o bem e o mau com a justiça”. (Confúcio). Setenta por cento dos candidatos foram eliminados porque não entenderam a frase.
Tem coisa mais grave ainda. Há anos, a cidade exibe cartazes e faixas anunciando: “Conclua o primeiro e segundo gau (sic) em um mês” O erro de concordância já diz tudo.
Tive a curiosidade de me informar como funciona o milagre de se ensinar em um mês o que a escola regular leva sete anos. O interessado paga trezentos reais (preço de 2009), recebe uma apostila com perguntas de múltipla escolha com o devido gabarito e no final do mês, vai até João Pessoa fazer o exame, cujas provas contêm as perguntas que ele recebeu para decorar. Se o candidato tiver a ousadia de ser reprovado em uma das matérias terá outra chance de repetir somente aquela prova. As autoridades e os Conselhos Estaduais de Educação sabem dessa aberração, mas não tomam nenhuma providência. Quem está por traz dessa maracutaia? Segundo fui informado o gênio que criou esse curso milagroso é o senhor João Carlos di Genio, apontado pela Revista Veja como o maior cafetão de Brasília, famoso por levar inúmeras meninas de programa para deputados inescrupulosos aprovarem suas falcatruas.
A presidente Dilma precisa seguir o exemplo de Bismarck quando unificou a Alemanha. Reuniu os ministros e declarou: “Meus Mestres Escolas vão fazer uma revolução para transformar a Alemanha numa grande Nação.”  Nem precisa lembrar que os tigres asiáticos também se transformaram através de uma educação de primeiro mundo. Nem precisa ir muito longe, a educação pública no Chile é muito melhor do que a nossa.



GERALDO BATISTA COMENTA EMERGÊNCIA EM NATAL

 
Os políticos nordestinos adoram uma seca e uma enchente. A prefeitura de Natal já decretou situação de emergência em Natal devido à chuva. A emergência seria mais lógica se fosse por causa da sujeira causadora da dengue. Quando não chove se decreta estado de emergência por causa da seca. E daí, perguntaria o leitor? No estado de emergência, é licito comprar sem licitação, contratar uma empresa por alguns milhões e outras mumunhas mais. Além disso, “Com o decreto, a prefeitura espera viabilizar de forma mais rápida a liberação de recursos por parte do governo federal”, conforme informa o Novo Jornal de hoje. A verdade é que nós não aprendemos a conviver nem com a estiagem nem com a chuva. Israel e o Estado da Califórnia não reclamam da falta de chuva, aprenderam a conviver com ela. A Califórnia é o Estado mais populoso dos Estados Unidos e é líder nacional na produção de produtos agropecuários. Transformou o deserto de Atacama em atração turística. E nós continuamos com o pires na mão.

BAIXA NOS COMBUSTÍVEIS

Chico Siqueira - O Estado de S.Paulo

Empresas prometem combustível mais barato

As duas maiores distribuidoras de combustíveis do País prometem para hoje "uma grande redução de preços" da gasolina e do etanol para os revendedores do Estado de São Paulo. A BR e Ipiranga, que representam mais de 3 mil dos 8,7 mil postos do Estado de São Paulo, enviaram ontem comunicado aos seus revendedores anunciando uma "grande redução" nos preços dos dois combustíveis.
O comunicado, enviado pelas distribuidoras por e-mail e via SMS, serviu para que os revendedores adiassem os pedidos de terça para quarta-feira. "Estão todos esperando pela queda", disse o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, José Alberto Paiva Gouveia.
O aviso, no entanto, não especificou a porcentagem da redução, se limitando a informar que a queda será grande para os dois combustíveis. O envio de torpedos pelas distribuidoras anunciando alterações tanto de baixas como de altas nos preços dos combustíveis é comum.
"Foi o puxão de orelhas da Petrobrás", afirmou Gouveia, ao lembrar das declarações do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, prometendo a queda de preços para a última segunda-feira, o que não ocorreu.
"Ele já havia dito que usaria a Petrobrás e está fazendo isso. A Petrobrás, por sinal, se tornou uma espécie de fiel da balança do mercado", completou Gouveia. Para ele, a redução é uma tentativa do governo de reduzir os índices inflacionários de maio. "Resta saber a que preço", questionou.
Forçada. "Esse tipo de atitude é na verdade uma forçada de barra da Petrobrás para apressar a queda dos preços, que deve ocorrer firmemente a partir da segunda quinzena de maio", completou.
De acordo com Gouveia, se os preços realmente apresentarem queda confiável é possível que o exemplo seja seguido pelas outras grandes distribuidoras. "Elas não terão alternativa senão seguir a concorrência", explicou. Segundo o presidente do sindicato, a queda já é sentida nas pequenas distribuidoras, cujos estoques são menores e já receberam o etanol produzido na safra de 2011/2012, iniciada em meados de abril.
"Essas distribuidoras inclusive já reduziram os preços do etanol e também da gasolina, uma vez que houve oferta maior de álcool anidro, cujo preço, assim como do álcool hidratado, vem caindo", afirmou. O preço médio da gasolina recuou cerca de R$ 0,05 e o do álcool hidratado em R$ 0,02 o litro para os postos, disse.
A assessoria da BR informou que a distribuidora não faria comentários sobre reduções de preços e sobre as declarações de Lobão, mas o recuo pode estar atrelado ao aumento da oferta de etanol e à redução da mistura do anidro à gasolina.

MENSALÃO VIRANDO PIZZA

Do Congresso em Foco
"Sem Lula no mensalão, Dirceu será absolvido"


O procurador da República que pediu a inclusão do ex-presidente Lula na ação penal do mensalão diz que, sem a presença de Lula na denúncia, o ex-ministro José Dirceu acabará absolvido. Acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa, Dirceu foi apontado pelo Ministério Público como chefe de uma “organização criminosa” instalada no governo para desviar dinheiro público e subornar deputados. Como revelou o Congresso em Foco, o procurador Manoel Pastana pediu ao procurador geral da República, Roberto Gurgel, que inclua Lula na denúncia da ação penal 470, que tramita no Supremo Tribunal Federal.
Em entrevista ao site na tarde desta terça-feira (10), Pastana admite que a inclusão do ex-presidente vai atrasar o andamento da ação, já que todo o novo caso descrito na sua representação terá de ser analisado ou julgado. “O atraso vai acontecer, mas vai dar condições mais concretas para que aconteçam as condenações. Vai instruir melhor o processo”, disse ele.
De acordo com Pastana, Lula agiu conscientemente ao favorecer o banco BMG – uma das origens do valerioduto que abasteceu o mensalão, segundo o Ministério Público – com o sistema de crédito consignado e enviar milhares de cartas a aposentados sobre os benefícios dos empréstimos a juros baixos. O procurador disse ao Congresso em Foco que Lula fez isso orientado por José Dirceu, então seu ministro da Casa Civil. Sem a presença de Lula, argumenta Pastana, Dirceu não será condenado, porque ele próprio não assinou nenhum ato do governo que esteja relacionado ao mensalão. “O Dirceu não assinou as cartas, não baixou decretos nem a Medida Provisória”, explica Pastana.
A assessoria do ex-presidente Lula disse ao site que ele não se manifestará sobre o assunto. Por meio de assessores, o procurador Roberto Gurgel disse que ainda não recebeu a procuração de Pastana, protocolou o documento no gabinete da Procuradoria Geral da República em 19 de abril (ver imagem).
Caso arquivado
Em 2008, Pastana fez uma representação contra o então procurador geral da República Antônio Fernando de Souza, ao Conselho Superior do Ministério Público. Ele questionava porque não houve denúncia contra Lula se era mencionada uma Medida Provisória assinada pelo então presidente que beneficiaria o banco BMG. O caso foi arquivado.
A assessoria de Gurgel disse que ele analisará se a nova representação de Pastana tem fatos novos. Caso contrário, será arquivada. Em 2008, o procurador do Rio Grande do Sul não tinha a informação sobre o envio de cartas aos aposentados do INSS por parte do próprio ex-presidente Lula. Com base nisso, o MP do Distrito Federal ajuizou uma ação de improbidade contra o ex-presidente, pedindo a devolução de R$ 9 milhões aos cofres públicos. Agora, Pastana quer a responsabilização criminal de Lula.
Voto em separado
Autor de um voto em separado na CPI dos Correios pela inclusão de Lula no rol de indiciados, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que o procurador Pastana tem razão. “Não há como eximir o presidente da República de suas responsabilidades”, disse ele, na tarde desta terça-feira. Para Dias, o favorecimento ao BMG “fez parte de todo o esquema” que idealizou e executou o mensalão.
Líder do PMDB da Câmara em 2005, quando o mensalão tomou conta do noticiário, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) defendeu o ex-presidente Lula. “Eu convivi com Lula todo o momento. Ele nunca faria nada que não fosse republicano”, afirmou hoje o senador e ex-ministro do governo do PT.

O IMPOSTO E O PREÇO DA GASOLINA

Do Radar Econômico
Impostos ‘comem’ 55% da gasolina no Brasil; nos EUA, 13%

O preço da gasolina no Brasil já está 80% acima do verificado nos Estados Unidos, segundo uma pesquisa feita pelo professor de economia Alcides Leite*, colaborador do Radar Econômico.
Na semana passada, uma pesquisa mostrava que a gasolina em São Paulo custava 70% mais que em Nova York. O estudo havia sido feito com dados da consultoria americana Airinc, coletados em março e referentes a cidades. Já a pesquisa de Alcides Leite usa números de abril e se refere à média de preços nos países.
Compare o preço da gasolina em 17 países, segundo levantamento de Leite (em dólares):
Noruega2,76
Grécia2,53
Suécia 2,43
Holanda2,38
Alemanha2,31
Itália2,30
Inglaterra2,30
França2,10
Espanha1,95
Chile1,90
Japão1,83
Brasil1,75
Canadá1,33
Peru1,30
Estados Unidos0,97
Argentina  0,84
México0,75

Por quê?
O economista Paulo Rabello de Castro**, do Movimento Brasil Eficiente, explica aos leitores do Radar Econômico por que a gasolina no Brasil é cerca de 80% mais cara que nos EUA:
Essa enorme discrepância deve-se, essencialmente, ao peso da carga tributária incidente sobre o produto. Enquanto que a soma de impostos, contribuições e taxas representa aproximadamente 55% do preço final desse combustível no país, similar agregação não ultrapassa os 13% no caso americano.
De longe, os principais fardos do combustível nacional são o ICMS e a CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que agrupa em uma só rubrica PIS, COFINS e antiga PPE (Parcela de Preço Específica). Os dois tributos mencionados acima respondem por, respectivamente, 32% e 21% do valor pago pelo consumidor brasileiro.
Isso significa que, quando há um ciclo de forte valorização do petróleo em escala global, como o verificado nos últimos três trimestres, a renda disponível das famílias brasileiras é duplamente penalizada, pois a mesma é comprimida não apenas pelo aumento em si do preço da gasolina (e de outros derivados), mas também por majoração relevante dos tributos em termos absolutos. Sem falar nos efeitos nocivos dessa alta “turbinada” do preço da gasolina sobre o nível geral de inflação.
Decidir o que fazer e onde investir em um país onde o custo da gasolina e outros combustíveis é tão caro distorce as decisões de investimentos. O custo tão mais alto afeta negativamente as decisões do setor produtivo. Um agricultor dividirá, por exemplo, seu lucro com o governo em alguma etapa da cadeia de produção por conta desse custo embutido.”

CADASTRO DO BOM PAGADOR

De Agora São Paulo

Câmara aprova cadastro para bom pagador

A Câmara dos Deputados aprovou ontem o projeto de lei que cria o cadastro positivo, uma espécie de banco de dados dos bons pagadores.
Na prática, a lei permite a inclusão dos nomes de quem paga suas contas em dia em uma lista nacional.
A medida beneficia os consumidores com bom histórico de pagamento, que poderão conseguir melhores condições nas compras a prazo. Assim, por exemplo, um cliente que estiver na lista dos bons pagadores poderá ter prazos maiores ou juros menores no financiamento de um carro.

terça-feira, 10 de maio de 2011

SADIA X PERDIGÃO

Da exame.com

Cade põe em xeque fusão entre

Sadia e Perdigão

São Paulo - A procuradoria-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu um duro parecer que ameaça barrar a fusão entre a Sadia e a Perdigão. O documento recomenda restrições mais fortes ou a reprovação do negócio. Segundo fontes do Cade, uma das opções é determinar a venda de uma das marcas.
O documento foi entregue ontem no fim da tarde ao conselheiro relator do caso, Carlos Ragazzo. Não é a posição definitiva do Cade, mas representa um indicativo importante, já que costuma ser seguido pelos conselheiros. "Estamos preocupados com essa operação e queremos sinalizar ao conselho que deve haver atenção redobrada", disse o procurador-geral do Cade, Gilvandro de Araújo.

O voto dos conselheiros só será conhecido em plenário. A expectativa é de que a fusão, que criou a Brasil Foods (BRF), seja julgada em junho, após dois anos de análise. A BRF também pode entrar em acordo com o Cade e evitar o julgamento. O negócio foi fechado em junho de 2009 para resgatar a Sadia, que sofreu prejuízos bilionários com derivativos cambiais na crise global.
Para a procuradoria-geral do Cade, "as empresas não lograram êxito em demonstrar que os benefícios decorrentes da fusão podem ser compartilhados com o consumidor". Sadia e Perdigão argumentam que vão criar uma grande exportadora nacional de carnes, mas a preocupação do órgão é com o custo para a população, pois as concentrações de mercado ultrapassaram 70% em diversos produtos.
Com 38 páginas, o parecer emitido ontem é ainda mais restritivo que o da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda. A Seae recomendou a aprovação da operação desde que seguidas uma de duas alternativas: a venda de um conjunto de marcas com preços mais baixos ou o licenciamento por cinco anos das marcas Sadia ou Perdigão. "As alternativas oferecidas pela Seae não são suficientes para combater os problemas identificados", diz a procuradoria do Cade. "Ou encontramos restrições que possibilitem efetivamente a um terceiro agente econômico fazer frente ao poder de mercado da Brasil Foods, ou se impõe a reprovação da operação". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CÓDIGO FLORESTAL

Do R7 notícias.

Governo propõe reduzir dívida
rural de quem reflorestar


Em mais uma tentativa de fechar um acordo para a votação da reforma do Código Florestal, o governo acenou nesta segunda-feira (9) com a redução substancial da dívida agrícola para o produtor rural que recuperar APPs (Áreas de Preservação Permanente) em margens de rios e encostas. Projeções feitas pelo Ministério do Meio Ambiente as quais a reportagem teve acesso mostram que a dívida dos produtores rurais, estimada em R$ 80 bilhões, poderia ser reduzida em até 70% pelo mecanismo proposto.
O estímulo financeiro seria calculado com base em redução de emissões de gases de efeito estufa. A cada tonelada de carbono "poupada" com o replantio de áreas, o produtor ganharia cerca de R$ 17. Estima-se que cada hectare replantado represente o corte de 90 toneladas de carbono. Com essa proposta, que ainda não tem o aval final da equipe econômica, poderia ser viabilizada a recuperação de cerca de 430 mil km² de APPs.
O líder do governo, Cândido Vacarezza (PT-SP), disse que "quem apostar em confronto, vai perder".
- Estamos procurando consolidar uma posição que contemple a dos ambientalistas, da base e do governo. Acho possível chegar a um acordo.
Os líderes partidários se reúnem hoje, às 12h, para decidir se o Código será votado hoje ou não.
- Vamos sentir o quadro.

CHUTE

1. Dos 120 reais que uma família ganha do bolsa família, 70 voltam para o estado na forma de tributos.(Orf)

2. São 600 mil acidentes de moto por ano no Brasil, com 100 mil mortes.(Orf)

3. Um secretário da prefeitura disse em um lugar público: A secretaria para pagar "sete" tem que receber "dez".

4. A sujeira da Urbana é antiga. Ali sempre foi um propinoduto. Já tentaram apurar, mas quando chega na justiça pára. Será por conta do mal cheiro ?

5. Tem coisas que todo mundo fala, todos comentam, sempre cochichando e ninguém faz nada, ninguém denuncia nada, ficam com medo de serem ameaçados por "força maior" envolvida até a tampa nas denúncias.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

BARBA DEIXA DE SER SÍMBOLO


Da Exame.com
Jacques Wagner, em campanha para Gillette
Gov.Jackes Wagner da Bahia.

Governador da Bahia faz a barba para campanha de marketing


Promovida pela Procter & Gamble, a campanha pagou R$ 500 mil ao governador, que, por sua vez, reverteu o dinheiro ao Instituto Ayrton Senna

Brasília - O governador da Bahia, Jaques Wagner, raspou em público, neste domingo, a barba que cultivou durante 35 anos para uma campanha de marketing que destinou R$ 500 mil a investimentos em educação.

"Na batalha por uma melhor educação vale qualquer sacrifício e também vale uma barba", declarou Wagner após cumprir sua promessa em um ato público realizado em Salvador.
Promovida pela marca Gillette, da empresa Procter & Gamble, a campanha pagou R$ 500 mil ao governador baiano, que, por sua vez, reverteu o dinheiro ao Instituto Ayrton Senna para investir em escolas de Salvador.
A presidente do Instituto, Viviane Senna, explicou que o dinheiro será aplicado no programa Todos pela Escola, que o Governo da Bahia realiza em sociedade com diversas entidades do setor privado.

EMERGÊNCIA: NATAL NA TV

Foi decretado estado de emergência em Natal. Alguém sabe dizer por que?


Não houve inundação nem transbordamento de rio, nem um motivo de calamidade que justificasse este decreto.


Há entretanto, uma motivação que pode justificar: A dispensa de licitação e outras facilidades de driblar a lei, que o estado de emergência permite.


Quem sabe assim, seja possível comprar água, que o decreto diz que está sobrando, desde que seja potável para servir nas escolas junto com a merenda.


O que está em emergência é a gestão, que por falta de planejamento, há anos, repete as mesmas ações, para os mesmos problemas, ano após ano.


A gestão atual, cujas as ações, todas, passam antes pelo crivo de um triunvirato, aparece frequentemente na TV, sempre por mal uso do serviço público.


Quem sabe agora, com dispensa de licitação, seja possível contratar terceirizados, para suprir as escolas e os postos de saúde, desde que obedeça ao pagamento do dízimo, obrigatório na maioria da administração pública municipal do Brasil.


Talvez assim, Natal apareça na TV, como uma bela cidade turística.

ABC CAMPEÃO

Termina o campeonato potiguar e o ABC é o novo campeão. Alguma novidade ? Nenhuma.

Alguém poderia supor que um time com uma folha de aproximadamente R$ 400.000,00, pudesse ser batido por outro que gasta apenas R$ 35.000,00.

O fato real é que o time do Santa Cruz, cujo elenco, tem 40% de jogadores do próprio ABC, conseguiu chegar ao final do campeonato com uma belíssima campanha, para uma agremiação do seu porte.

Na última partida, jogada no Frasqueirão com toda a torcida alvi-negra presente, o Santa Cruz ainda lutou até o último minuto de jogo.

O ABC  tem tudo para ser o novo campeão, mas o Santa Cruz jogava por um empate e no segundo tempo depois de fazer um gol, quando perdia por 2x0, partiu para cima, em busca do resultado que o sagraria campeão, até que foi parado por um cartão vermelho, quando deveria ter sido amarelo, no jogador Pantera.

O Santa Cruz sentiu a expulsão indevida e o ABC, time mais experiente, aproveitou e marcou mais um gol e levou o campeonato.

CHOCOLATE E VINHO


Combinação de vinho tinto e chocolate faz bem ao cérebro. Foto: Getty Images

Chocolate e vinho juntos fazem bem 

à mente, diz pesquisa

Cientistas da Northumbria University constataram que a combinação entre chocolate e vinho tinto faz bem para a mente. Segundo os pesquisadores, por serem ricos em polifenóis, a combinação dos dois alimentos ajuda a dilatar as veias, facilitando o suplemento de sangue ao cérebro, como divulgado no jornal britânico Daily Mail nesta sexta-feira (6).
De acordo com os pesquisadores, o aumento do fluxo sanguíneo no cérebro leva açucares e oxigênio ao órgão, tornando mais fácil e rápida a realização de cálculos complexos. Emma Wightman, líder da pesquisa, destacou que os efeitos são melhores percebidos em pessoas mais velhas, cujo fluxo sanguíneo cerebral tende a diminuir naturalmente.
Durante a pesquisa, voluntários tomaram cápsulas de resveratrol, um ingrediente "maravilhoso" do vinho tinto e tiveram seus cérebros escaneados. "Estudos mostram que o resveratrol só traz benefícios e não tem contraindicações, podendo ser ingerido em forma de suplementos", contou Emma ao jornal britânico. Crystal Haskell, supervisora da pesquisa, realizou testes com voluntários, substituindo o resveratrol pelos polifenóis do chocolate, e constatou que o doce é capaz de retardar o cansaço cerebral após exercícios matemáticos intensos. Assim, a combinação de vinho tinto e chocolate se torna ainda mais efetiva para a saúde mental.