sábado, 17 de novembro de 2012

CHARGE

Tatadetila

A PONTE E O DESCASO


Desde que foi inaugurada, a ponte Newton Navarro têm sofrido assalto de vândalos e gatunos, que levam os fios de cobre da iluminação.

Inúmeras vezes, este fato aconteceu da mesma maneira, usando o mesmo "modus operandi" e ninguém faz nada nem toma providência.

Os ladrões devem ser pivetes ou viciados em drogas lá de Brasília Teimosa ou de Mãe Luíza  antigos e conhecidos redutos de boca de fumo, que quando são presos, no outro  dia aparece um substituto fazendo as mesmas coisas.

O problema maior é outro.

Quem compra o material roubado ?
Quem mantém o mercado receptador de mercadorias roubadas ?

Isto é como tráfico de drogas, só existe porque tem consumidor.

No dia que prenderem os receptadores, ao invés de menores e viciados, o problema estará resolvido.

Acontece que este pessoal tem dinheiro e aí podem comprar agentes responsáveis pela repressão ao crime e é o que deve acontecer, senão estes furtos banais e na luz do dia jamais aconteceriam.

Será que as autoridades maiores sabem disto ?

A RESPOSTA DOS MAGISTRADOS


Jornal do Brasil

Mensalão: Associações de magistrados defendem STF contra nota do PT

BRASÍLIA - As associações dos magistrados trabalhistas (Anamatra) e dos juízes federais (Ajufe) divulgaram, nesta sexta-feira, notas de resposta à manifestação publicada pelo Partido dos Trabalhadores, na última quarta-feira, criticando o Supremo Tribunal Federal por condenar alguns filiados do partido a "penas desproporcionais" no julgamento da ação penal do mensalão.
Na nota mais extensa, a Anamatra sustenta que, "ao contrário de falsas expectativas, os  magistrados integrantes do STF deram provas – todos eles – de honradez e correção durante o julgamento da AP 470,adstritos, cada um,  aos limites de suas consciências e das provas dos autos, e nada mais que isso".
Para a Anamatra, os ministros estão "cientes do  dever de sepultar qualquer sentimento  histórico de impunidade que a nota divulgada pelo Partido dos Trabalhadores, estranhamente, arroga como precedente em favor de seus ex-dirigentes ao dizer que a ação, depois de cinco anos,deveria reiniciar sua tramitação pelo primeiro grau de jurisdição".
Nota do PT
A nota divulgada pelo PT enumerou o que considerou uma série de falhas do STF na fixação das penas do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu,do ex-presidente da sigla José Genoino, do deputado federal João PauloCunha, do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, entre outros. A manifestação do PT destacou que a Corte "não garantiu amplo direito de defesa", porque negou aos réus sem direito a foro especial a possibilidade de recorrer a instâncias inferiores da Justiça; citou o"mensalão do PSDB", de Minas Gerais, cujo processo foi desmembrado — oque foi negado no caso no caso do mensalão do PT; e sustentou que a maioria dos ministros do Supremo "deu valor de prova a indícios".Assim, o "o julgamento não foi isento, de acordo com os autos e à luz das provas".
Nota da Anamatra
Os principais pontos da nota divulgada nesta sexta-feira pela Anamatra, assinada pelo presidente Renato Henry Sant'Anna, são os seguintes:
"A nota do PT não faz justiça ao Supremo Tribunal Federal, cujos integrantes atuais, convém lembrar, foram quase todos indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidenta Dilma Rousseff.
São ministros e ministras que  estão apenas cumprindo a missão atribuída pela Constituição, ou seja, não deixar cair no vazio o significado da independência judicial, marca fundamental de convivência em todos os países democráticos".
"O curso da Ação Penal 470 no STF, desde o final de 2007 - que naquela instância máxima recebeu os mais variados recursos cabíveis e até os sem cabimento algum,  tendo propiciado a oitiva de mais de 600 testemunhas - é expressão do cumprimento do devido processo legal, não sendo papel do STF (que aí sim faria política partidária) a atitude de'colaborar' com forças políticas envolvidas em processo criminal sob sua jurisdição evitando a coincidência das datas do julgamento com datas do calendário eleitoral".
"As afirmações do Partido dos Trabalhadores quanto a dizer que o Supremo Tribunal Federal fez da Ação Penal 470 um julgamento político e teoricamente de exceção é do mesmo modo descabida, na visão da entidade da magistratura do Trabalho, momento infeliz em que resvala no discurso dos regimes de exceção, como aquele instalado no Brasil em 1964 e que foi combatido pela atual presidenta da República com sacrifício de sua própria integridade física e liberdade".
 Nota da Ajufe
A nota da Ajufe, assinada pelo presidente Nino Toldo, destaca:
"O julgamento da AP 470 pauta-se pelo respeito aos princípios constitucionais garantidores de um processo penal justo, especialmente o contraditório e a ampla defesa".
"Trata-se de julgamento técnico, tendo todos os votos sido devidamente fundamentados em seus aspectos fáticos e jurídicos, como determina a Constituição Federal".
"A irresignação quanto às penas que vêm sendo aplicadas é perfeitamente compreensível dentro do contexto e, por essa razão, acrítica do PT deve ser recebida como expressão de inconformismo, no exercício da liberdade de expressão. Nada mais do que isso".
"A Ajufe acredita que o julgamento da AP 470 deve ser recebido dentro da normalidade do Estado Democrático de Direito, não havendo espaço para a politização da matéria".

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS

Oglobo

Crítico de pena alta no mensalão, Toffoli pesou a mão no caso Donadon



O ministro Dias Toffoli
Foto: Gustavo Miranda / Agência O Globo

BRASÍLIA - O ministro Dias Toffoli, que anteontem fez discurso duro para reclamar das elevadas penas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos réus do mensalão, é dono do voto que levou à mais alta condenação já imposta pela Corte. 

O caso é do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), condenado a 13 anos, quatro meses e dez dias de prisão em outubro de 2010. 

Toffoli era o revisor do processo e a ministra Carmén Lúcia, a relatora. No final daquele julgamento, prevaleceu a proposta do revisor para o crime mais grave, o peculato. A pena ficou um pouco menor do que a proposta original da relatora, mas ainda bem acima do que já apareceu para o mesmo crime no caso do mensalão. 

O deputado Donadon, que até hoje mantém o mandato porque seu recurso ainda não foi julgado pelo STF, também fora condenado por formação de quadrilha.

Embora as decisões em ações penais sempre levem em consideração as particularidades de cada caso, o processo contra Donadon e o do mensalão guardam muitas semelhanças. O hoje deputado foi acusado de desviar recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia no final da década de 90, quando era o diretor financeiro da instituição. 

Segundo o processo, R$ 8,4 milhões foram repassados para uma empresa de publicidade que não prestou serviços à Assembleia. No processo do mensalão, Marcos Valério, dono da agência SMP&B, foi condenado por peculato duas vezes. Uma por desvio de recursos da Câmara dos Deputados, outra por desvios no Banco do Brasil. O ex-presidente Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), e o ex-diretor de Markenting do BB Henrique Pizzolato foram condenados pelo mesmo crime.

Anteontem, Toffoli se exaltou ao dizer que o STF não poderia usar, em 2012, parâmetros da época da inquisição. E defendeu que o caso do mensalão não abalou a República, sustentando que a melhor punição para os réus era o ressarcimento ao erário. 

Entre os condenados com penas já definidas pela Corte está o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que até hoje se declara amigo de Toffoli. No início do governo Lula, Dias Toffoli, que já fora advogado do PT, era subordinado direto de Dirceu.

Há dois anos, a ministra Carmén Lú cia propôs que o deputado Donadon fosse condenado a dois anos e três meses de prisão por formação de quadrilha. O revisor Toffoli sugeriu a mesma pena, aprovada pela maioria dos ministros do Supremo. No mensalão, a pena seguiu critérios parecidos. 

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente do partido José Genoino foram condenados à mesma pena: 2 anos e três meses. Toffoli não votou porque tinha absolvido os dois réus nesse item.

Valério teve pena agravada

No caso do crime de peculato, ainda não se conhecem as penas de João Paulo Cunha e Henrique Pizzolato. Mas a de Marcos Valério está definida. Foram 4 anos e oito meses por conta de desvios na Câmara dos Deputados e 5 anos, 7 meses e seis dias no caso do Banco do Brasil. Essa segunda condenação foi mais alta porque incidiu a figura do crime continuado. Por isso, Valério teve a pena agravada em dois terços. Os parâmetros de cálculo são os mesmos utilizados para o caso Donadon há dois anos. Com uma diferença: a pena para o deputado foi maior que a de Valério.

Na época, a relatora Carmén Lúcia definiu pena de 13 anos e nove meses para o crime de peculato. Foi seguida por Joaquim Barbosa e Ellen Gracie. Toffoli, que hoje reclama que o STF está pesando a mão no caso do mensalão, reduziu um pouco. Propôs 11 anos e um mês. Pena que foi seguida pela maioria dos ministros. No cálculo, Toffoli foi mais duro do que Joaquim Barbosa no mensalão. Barbosa propôs para Marcos Valério pena base de quatro anos. Elevou para quatro anos e oito meses por conta de agravante e somou ainda mais dois terços, chegando a cinco anos, sete meses e seis dias. Em outubro de 2010, Toffoli já começou de um patamar mais alto: pena base de cinco anos. 

Por conta de agravante elevou esse valor para seis anos e oito meses. Como Donadon era acusado de patrocinar 22 repasses para a empresa que desviou dinheiro da Assembleia, o valor também foi aumentado em dois terços, chegando a 11 anos, um mês e dez dias.

“As provas que instruem este processo revelam a extrema censurabilidade do comportamento do agente e, em igual medida, a reprovabilidade de sua conduta. Pessoa que, valendo-se do fato de seu irmão, deputado Marcos Donadon, ser o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, aderiu a verdadeiro estratagema para desvio de recursos públicos, por intermédio de empresa de fachada irregularmente contratada para prestação de serviços de publicidade”, justificou Toffoli, em seu voto. Ele ainda acrescentou que o réu agiu “como seus interesses pessoais estivessem acima de todas as diretrizes e regras traçadas pela lei”.

Procurado para falar dos dois processos, Toffoli não foi localizado.


STEVIA PARAGUAIA

Exame

Paraguai declara Stevia como patrimônio genético do país

A planta Stevia Rebaudiana Bertoni

Assunção - A "Stevia Rebaudiana Bertoni", uma planta originária do Paraguai de onde é possível extrair um adoçante natural, foi declarada patrimônio genético do país, de acordo com o anúncio feito nesta terça-feira pelo presidente Federico Franco.
O líder fez o anúncio durante o ato de abertura do "VI Simpósio Internacional de "Ka'a He'e" (Stevia, em guarani), realizado no salão de convenções do Banco Central do Paraguai, em Assunção.
A denominação de patrimônio genético faz parte de um decreto presidencial que também declara de "interesse nacional a promoção, o fomento e o incentivo para o desenvolvimento da pesquisa, produção, industrialização e comercialização" da Stevia, informou a agência pública "IP Paraguay".
O governo emitiu o decreto que corresponde a um pedido da câmara paraguaia da Stevia (Capaste), que procura outorgar o selo de origem do produto, que também é cultivado e comercializado em países como a Argentina, Brasil e Japão.
O ministro da Agricultura, Enzo Cardozo, disse durante o ato que o país prevê investir 10 bilhões de guaranis (cerca de US$ 2,2 milhões) no fim de 2012 e parte de 2013 para potencializar a produção do "Ka'a He'e".

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

VOCÊ SABIA


ARTE

O Estado de S.Paulo

Tela de Beatriz Milhazes é vendida por US$ 2 milhões

'Meu Limão' superou a estimativa de US$ 900 mil - Reprodução

A carioca Beatriz Milhazes voltou ontem a ser a pintora brasileira viva com a obra mais cara vendida em leilão. Seu quadro Meu Limão (2000) foi vendido pela casa Sotheby's, em Nova York, por US$ 2,098 milhões (R$ 4,338 milhões), superando a estimativa de US$ 700 mil a US$ 900 mil.
Beatriz havia quebrado esse recorde em 2007, com a venda de Laranjeiras(2002/2003) por US$ 465 mil em leilão da Christie's de Londres e, em 2008, quando O Mágico (2001) foi vendido por US$1,049 milhão.
Em fevereiro de 2011, a também carioca Adriana Varejão bateu essa marca, mantida até ontem, com Parede com Incisões à La Fontana II (2001), arrematada por US$ 1,7 milhão. Também ontem na Sotheby's, Trois Petites Morts, de Adriana, foi vendido por US$ 1,17 milhão, superando a estimativa de até US$ 800 mil.

IMAGEM RUIM

IMAGEM BOA

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ARTE

Cândido Portinari

VOCÊ SABIA


CHARGE

Tatadetila


VINHO TINTO CONTRA O CÂNCER

Terra

Vinho tinto ajuda em tratamento contra câncer de próstata e de mama

Vinho contem substância que aumenta eficácia da radioterapia Foto: Getty Images

O vinho tinto pode ser um dos remédios contra o câncer de próstata graças a um componente que faz as células ficarem mais sensíveis ao tratamento. O resveratrol, encontrado geralmente nas cascas de uva e vinho tinto, tem mostrado efeitos benéficos para a saúde humana, com atuação no sistema cardiovascular e prevenção de infarto. As informações são do Daily Mail.
Pela primeira vez, pesquisadores da Universidade de Missouri descobriram que a substância pode deixar as células do câncer de próstata mais suscetíveis à radiação do tratamento de radioterapia. Estudos anteriores já tinham confirmado o efeito na quimioterapia, segundo o professor Michael Nicholl.  
Uma pesquisa recente também descobriu que um copo de vinho tinto por dia aumenta as chances de sobrevivência de mulheres com câncer de mama em até um quinto. O resultado surpreendeu, pois o consumo de álcool é considerado uma das principais causas da doença.
Uma das explicações é que a química no álcool que destrói as células saudáveis também ataca as células cancerígenas. A combinação entre o resveratrol e a radioterapia matou até 97% das células causadoras da doença, porcentagem mais elevada em relação a apenas o tratamento com radiação. O próximo passo é testar a descoberta em animais, antes de iniciar os tratamentos com humano

DIABETES MATA

Agência Brasil

Diabetes mata mais que aids e trânsito no Brasil


Dados do Ministério da Saúde divulgados hoje (13) indicam que 54 mil brasileiros morreram em 2010 em decorrência do diabetes. Isso significa que a doença matou quatro vezes mais do que a aids (12 mil óbitos) e superou o total de vítimas de trânsito (42 mil) no país.
A pasta alertou que o total de mortes provocado pelo diabetes é ainda maior quando se considera que a doença age como fator de risco para outras enfermidades, como câncer e doenças cardiovasculares. Em 2010, o diabetes esteve associado a 68,5 mil mortes, o que totaliza cerca de 123 mil mortes direta e indiretamente.
De 2000 a 2010, a doença foi responsável por mais de 470 mil mortes em todo o Brasil, enquanto a taxa de mortalidade avançou de 20,8 para 28,8 casos para cada 100 mil habitantes.
As mulheres são as principais vítimas e responderam, em 2010, por 30,8 mil mortes contra 24 mil entre os homens. Em 2000, 20 mil mulheres morreram por causa do diabetes, ante 14 mil homens.
A faixa etária com o maior número de mortes, em 2010, é acima dos 80 anos, totalizando 15,7 mil. O número mais que dobrou quando comparado ao ano 2000, quando 6,7 mil mortes foram notificadas na mesma faixa etária.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o diabetes constitui um problema contemporâneo. Ele lembrou que, atualmente, 15% da população brasileira são obesos e que o quadro é um facilitador para a doença.
“Esta é a hora de revertermos a possibilidade do nosso país ser cada vez mais um país de diabéticos”, disse, ao citar mudanças como melhoria dos hábitos alimentares e aumento da atividade física. “É um momento fundamental para que o conjunto da população brasileira, sobretudo os profissionais de saúde, tenham atitudes em relação à prevenção”, completou.
No ano passado, o governo federal lançou o Plano de Ações para o Enfrentamento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, que inclui medidas para a redução de casos e de mortes por diabetes.
A meta é alcançar queda de 2% ao ano nas mortes prematuras provocadas por doenças crônicas, a partir da melhoria de indicadores relacionados ao consumo de álcool, alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade, fatores considerados de risco para o diabetes.

CUMPRIMENTO DA PENA

O Estado de S.Paulo
Barbosa quer acelerar cumprimento de penas dos condenados do mensalão


O relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, vai assumir na semana que vem a presidência do Supremo Tribunal Federal com o objetivo principal de acelerar o cumprimento das penas do caso, que vem mobilizando a Corte desde 2 de agosto.

Definidas as penas aos 25 réus, o que deve ocorrer até dezembro, o tribunal entrará em nova fase. O acórdão do julgamento, com os votos de todos os ministros, precisa ser publicado. O regimento do tribunal estipula prazo de 60 dias para a sua publicação. Tradicionalmente, porém, esse prazo é ignorado pela Corte. Barbosa quer cumpri-lo desta vez. Os ministros pretendem realizar, antes, um pente-fino a fim de evitar distorções nas penas e abrir brechas para os advogados dos condenados. Os recursos serão possíveis só após o acórdão.

Os defensores dos réus adiantaram que pedirão novo julgamento nos casos em que ao menos quatro dos atuais dez ministros da Corte votaram pela absolvição - trata-se do embargo infringente.

A tendência na Corte, conforme os ministros, é rejeitar a possibilidade de novo julgamento. Mas, mesmo para rejeitar esses recursos, o tribunal terá de se reunir e julgar todos os pedidos.

A Corte ainda terá de analisar as dezenas de embargos de declaração que contestarão possíveis omissões, contradições ou obscuridades no acórdão. E, do julgamento desses embargos, os advogados podem mover novos embargos. Ao assumir a presidência em substituição a Carlos Ayres Britto, que se aposenta compulsoriamente no domingo, ao completar 70 anos - esta é sua última semana no tribunal -, Barbosa fará a relatoria de todos os recursos.

Também caberá a ele estipular o ritmo do processo até o fim. Somente depois do trânsito em julgado, quando todos os recursos tiverem sido analisados, as penas impostas a cada um dos 25 condenados começarão a ser cumpridas.

A expectativa entre os ministros é de que esse trâmite se encerre em 2013. Até o fim do ano que vem, portanto, o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o empresário Marcos Valério e os outros 22 condenados começariam a cumprir pena.

Barbosa diz que o Supremo delegará a execução das penas a juízes federais de primeira instância. São esses magistrados que determinarão onde as penas devem ser cumpridas e avaliarão, no futuro, a possibilidade de concessão de benefícios aos condenados, como a progressão de regime.

Sala especial.
 O relator afirmou ontem não haver mais espaço para o benefício de prisão especial para os condenados no julgamento da ação penal. Ele explicou que esse tipo de prisão apenas cabe nos casos em que se dá a prisão provisória, mas se negou a falar especificamente sobre os condenados pelo Supremo.

Os advogados, como Dirceu, por exemplo, têm o benefício de sala especial, sem grades, quando o processo ainda não foi totalmente concluído - caso haja pedido de prisão. Assim garante o Estatuto do Advogado, julgado constitucional pelo Supremo em 2006. Apesar disso, Barbosa afirmou que nenhum dos condenados terá direito a essa garantia. "Prisão especial é só para quem está cumprindo prisão provisória e não definitiva", disse o ministro, completando que esse caso não se aplica aos condenados no processo do mensalão.

O benefício da prisão especial em sala do Estado Maior ou em "instalações e comodidades condignas", como determina a lei, só seria garantido a Dirceu se o Ministério Público insistir e o tribunal decidir antecipar a execução da pena imposta aos condenados, mesmo sem o trânsito em julgado da ação penal.

Nesse caso, se aplicaria o que está previsto na lei. O advogado, como Dirceu, teria o direito de "não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas" ou "em prisão domiciliar" na falta de sala disponível.

Neste ano, inclusive com o voto de Barbosa, o STF garantiu a um advogado condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo o direito à prisão domiciliar.

IMPOSTO VISÍVEL

 Agência Estado

Câmara aprova discriminação de impostos na nota fiscal

BRASÍLIA - O consumidor brasileiro deverá ser informado do montante de impostos pagos na compra de mercadorias e serviços. Projeto nesse sentido foi aprovado nesta terça-feira no plenário da Câmara obrigando a discriminação do valor dos impostos na nota fiscal.
Pelo projeto, as novas regras passarão a valer daqui a seis meses. A proposta prevê que sejam computados globalmente nove tributos que incidem sobre produtos e serviços. Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) revela que a carga tributária incidente sobre a gasolina, por exemplo, chega a 53%. O sabão em pó tem 41% de impostos, enquanto sabonete e pasta de dente chegam a 37%. Ao comprar uma camisa ou um vestido, o consumidor paga 35% de impostos, taxas ou contribuições.Apresentada ao Congresso em 2006 com mais de um milhão de assinaturas, a proposta já foi aprovada pelo Senado e agora vai à sanção da presidente Dilma Rousseff para entrar em vigor.
"A informação vai despertar nas pessoas o sentimento de pagador de impostos. Vai tornar visível o que está sendo pago", afirmou o líder do PSD, deputado Guilherme Campos (SP), relator do projeto na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. Segundo ele, a nota fiscal deverá trazer o valor da mercadoria ou serviço e separadamente o valor em real ou o porcentual relativo ao total de impostos. "O consumidor pagará o valor total da mercadoria, mas saberá pela nota quanto é de imposto", explicou Campos. "Agora sabendo o quanto paga de imposto, a população pode cobrar melhorias nos serviços do governo", disse o deputado Cesar Colnago (PSDB-ES).
Painel
Deverão ser computados os seguintes impostos: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Serviços (ISS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Imposto de Renda (IR), Contribuição Social sobre Lucro Liquido (CSLL), PIS/PASEP, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
Além da nota fiscal, a informação da carga tributária incidente sobre o produto poderá constar de painel fixado em lugar visível do estabelecimento ou ainda divulgada por qualquer outro meio eletrônico ou impresso.
O governo era contra a proposta e tentou fazer uma manobra para tentar aprovar outro projeto, que ainda precisava ser votado no Senado. Mas diante da pressão dos deputados, o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), concordou com a votação. Ele fez, no entanto, uma ressalva de que o projeto deveria ter sido precedido de uma ampla discussão sobre o sistema tributário brasileiro.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

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Tatadetila

VOCÊ SABIA


EMBOLIA PULMONAR

Terra

Entenda a embolia pulmonar, causa da morte de Marcos Paulo

 Foto: João Miguel Júnior/TV Globo / Divulgação


Depois de lutar contra um câncer no esôfago, no ano de 2011, passar por uma cirurgia para a retirada do tumor e por exames que demonstraram a cura da doença, o ator e diretor Marcos Paulo não resistiu a uma embolia pulmonar e morreu neste domingo (11), aos 61 anos. Muitos são os fatores que contribuem para este quadro, e por este motivo, apontar as causas não é algo assim tão simples, de acordo com os profissionais ouvidos pelo Terra.

Tabagismo, histórico de câncer e muitas horas de voo, sem mexer as pernas, são apenas alguns motivos que contribuem para a evolução dessa condição. Isso porque a doença acontece, segundo explica Christina Pinho, médica pneumologista do Hospital São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro, a partir de formação de coágulos na perna ou na pélvis que podem se soltar e comprometer as trocas gasosas que acontecem no pulmão. “É como se esse coágulo ficasse estacionado, entupindo o vaso sanguíneo do pulmão”, explica.
Elge Werneck Araújo Júnior, oncologista da Clinonco – Clínica de Oncologia Médica, completa, explicando que a embolia é o entupimento de algum vaso pulmonar, de um embolo proveniente de uma veia geralmente dos membros inferiores. “Por algum motivo, aquele sangue que teria um fluxo normal formou coágulos dentro do vaso, comprometendo a função pulmonar”, completa.
Principais fatores de risco

No caso dos pacientes com câncer, o facilitador para o surgimento da embolia tem um nome complicado: “síndrome paraneoplásica”, que são as doenças relacionadas ao tumor. “Há a liberação de diferentes substâncias que facilitam o quadro de hipercoagulabilidade”, ressalta, acrescentando que alguns quimioterápicos também podem facilitar a formação de coágulos.

A falta de movimentação é outro complicador, o que coloca as longas viagens de avião na mira dos médicos, além do fato de que, no ar, a pressão arterial também sofre consequências. Sendo assim, Marcos combinou dois fatores de risco – histórico de câncer e muitas horas em uma mesma posição, uma vez que viajou de Manaus, onde acompanhou o Amazonas Film Festival, para o Rio de Janeiro, na manhã de domingo.
Christina explica que o fato de o sangue ficar parado, com pouco movimento, contribui para a formação de coágulos. Por isso, é comum os casos de embolia pulmonar após viagens muito longas, além dos casos de pacientes que fizeram cirurgias na pelve ou nos membros inferiores; com insuficiência cardíaca grave, ou qualquer condição em que permaneça por um longo período em uma mesma posição, como as grávidas ao final da gestação.  
Pacientes idosos, que de um modo geral têm o fluxo sanguíneo mais comprometido, também estão mais expostos, assim como os fumantes, que têm mais chances de apresentarem alteração vascular. O uso de anticoncepcional oral, que aumenta o risco de trombose profunda; hipertensão, diabetes e predisposição para coagulopatia também são fatores considerados.

Sintomas, diagnóstico e tratamento 

De acordo com Christina, os sinais de alerta para procurar ajuda médica são falta de ar e dor toráxica, que piora com a respiração profunda, além de tosse. Outros pontos de atenção, segundo informa Elge, são as dores ou endurecimento das pernas.

O diagnóstico é difícil, segundo explica a pneumologista, pois o raio-X pode estar normal em um primeiro momento. “Mas o diagnóstico é geralmente feito pela suspeita dos sintomas, junto com a análise do histórico do paciente”.
Feito um exame de sangue, o paciente será medicado com anticoagulantes, na maioria dos casos. Nos quadros mais graves, o médico pode pedir um exame de tomografia e, para o tratamento, receitar trombolíticos, evoluindo raramente para a cirurgia.
Prevenção 

Como se trata de uma doença multifatorial, a prevenção varia de acordo com cada causa. Mas, de modo geral, Elge cita a adoção de práticas saudáveis como exercícios físicos, o controle da pressão arterial, evitar a associação de anticoncepcional oral com tabagismo e, em situações específicas, como os pacientes acamados, acompanhamento médico para medidas preventivas.

Para quem vai fazer uma viagem de longa distância, o ideal é que seja feita uma consulta médica para evitar problemas. “Baseado nos seus riscos, ele poderá propor cuidados específicos para este momento”, afirma.
O oncologista lembra, ainda, que a morte por embolia pulmonar é uma das principais causas de óbito do paciente com câncer mas, de um modo geral, é em grande parte das vezes passível de prevenção. “Com o acompanhamento constante do oncologista, combinado a hábitos saudáveis e ao reconhecimento dos sintomas de forma precoce, as chances de cura são enormes”.

MUNICÍPIOS BRASILEIROS

Jornal do Brasil

IBGE: 71,7% das cidades não têm plano de habitação

A maior parte das cidades brasileiras não tem qualquer planejamento específico para a habitação, segundo a pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros 2011, divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que 71,7% das cidades não contam com um plano municipal voltado para a questão da moradia. Na região Sudeste, apenas 22,7% dos municípios contam com esse plano, já na região Sul, essa proporção chega a 42,5%.
Em relação à pesquisa anterior, em 2009, constata-se que aumentou o percentual de municípios com um plano direcionado para a habitação. Naquele levantamento, o IBGE observou que 18,8% das cidades tinham um planejamento estruturado para essa questão. Hoje são 28,3%.
Entre os municípios com mais de 500 mil habitantes, 60,5% contam com planejamento habitacional. Em 2009, essa proporção era de apenas 25%. Já entre as cidades com população de 100 mil a 500 mil habitantes, 50,6% possuem um plano para a habitação. Entre as cidades com até 20 mil habitantes, 23,7% contam com esse planejamento.
A perspectiva é que esse quadro melhore, aponta o perfil dos municípios. Das cidades investigadas, 33,7% afirmaram que estão elaborando um plano municipal de habitação. No Centro-Oeste, 47,6% dos municípios informaram que estão com tal processo em andamento.
O IBGE investigou ainda que 84,8% das cidades possuem cadastro de famílias interessadas em programas habitacionais. Em 2001, quando tal indagação começou a ser feita, 56,2% das cidades informaram que tinham tal listagem.
Quando questionadas se tinham executado, nos últimos dois anos, algum tipo de ação ou programa para habitação, 84,6% das prefeituras responderam positivamente. Desse total, 65,5% informaram que implementaram a construção de unidades habitacionais; houve melhorias em casas em 44,2% dos municípios; já em 36,5% das cidades, houve oferta de material de construção para a população.