Saiba como agir quando chega a hora de assumir a responsabilidade pelos pais idosos
Além de alimento e abrigo, ao longo da vida os pais dão apoio e segurança para enfrentarmos o mundo e nos tornarmos independentes. Crescemos com este referencial e nos acostumamos à ideia de que eles sempre estarão prontos para nos ajudar. Mas, com o aumento da expectativa de vida, cedo ou tarde essa situação se inverterá.
Segundo dados do Censo 2010 do IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatísticas), a expectativa de vida do brasileiro aumentou 25,4 anos no período entre 1960 e 2010, passando de 48 para 73,4 anos. A projeção é de chegar a 80 anos em 2040.
"Como as pessoas vivem mais, em algum momento elas vão precisar de alguém para auxiliá-las em atividades que antes faziam sozinhas. Não existe idade para isso. É a diminuição ou perda da capacidade funcional que mostrará essa necessidade", afirma Naira Dutra Lemos, assistente social especialista em gerontologia e coordenadora do Programa de Assistência Domiciliária ao Idoso da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Essa inversão de papéis é delicada para todos. Se, por um lado, o filho se sente pressionado por ter de lidar com novas responsabilidades, os pais também não ficam à vontade frente sua dependência. "É duro para os pais que sempre cuidaram dos filhos e passam a receber ordens deles. Machuca muito. E há uma geração de velhos que teve uma educação diferente. É complicado quando o idoso passa a ter de usar fralda e a filha o troca, mas ela nunca tinha visto o pai nu", exemplifica Ursula Karsch, assistente social do programa de pós-graduação em Gerontologia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
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