GERALDO MELO
Cogita o governo brasileiro agora de instituir cotas raciais no serviço público. A ideia, pelo que consta, seria reservar para negros 30% das vagas.
Essa iniciativa, que se integra no esforço -- aliás iniciado antes mesmo do governo do PT -- de tornar o Brasil um país oficialmente racista, amplia regras que, em última análise, acarretam o seguinte: há uns cidadãos com mais direitos de que outros.
Mas, independente disto, há uma coisa que o governo precisa decidir: negro é uma cor ou é uma raça? Que importância tem isto? Simples: imagine um casal formado por um louro e uma negra, com um filho louro como o pai e outro negro como a mãe. E agora? Quem pode entrar na cota? O menino louro é negro ou só o irmão dele é que é?
O Brasil é um pais de mestiços. A maioria de nós tem, como eu, uma mistura formidável de raças na sua etnia: europeus, negros, índios. Quer dizer que os que formos mestiços, somos, do ponto de vista racial, brancos como os europeus, negros como os africanos, vermelho-amarelos como os aborígenes.
E agora? É esperar pra ver o que o governo pensa. Ou não pensa.
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