segunda-feira, 24 de setembro de 2012

COMBATE AO ENVELHECIMENTO

Oglobo

Colágeno em pó é a bola da vez no combate ao envelhecimento

O colágeno é uma substância natural produzida pelo organismo, que garante a sustentação das células Foto: Mônica Imbuzeiro 

RIO — Colágeno é palavra-chave quando se fala em medidas para conter os sinais de envelhecimento. Substância natural do organismo (em outras palavras, um tipo de proteína), ele funciona como a argamassa que dá sustentação às células, mantendo-as firmes e unidas. A partir dos 30 anos, o corpo começa a sofrer perda gradual de colágeno. 

Por isso, quando surge algo com este ingrediente “mágico” no mercado (de origem animal ou vegetal), logo chama a atenção. As versões hidrolisadas, em pó, são a bola da vez, e multiplicam-se pelas prateleiras de lojas de produtos naturais, em versões que se misturam com óleo de coco, chá verde e vitaminas. Isso sem falar em balas e cápsulas. 

Mas funcionam?

Há pesquisas que atestam que sim. Por isso, é receitado por nutricionistas como Lucianna Jardim, que indica para pacientes acima dos 30 anos, para retardar os efeitos da idade, e, para os mais idosos, para prevenir a osteoporose:

— O ideal é consumir dez gramas por dia. Sugiro misturar o pó a algum suco de vitamina C, como acerola, caju, goiaba e limão. Assim, ainda fornecemos a vitamina que é fundamental para a produção natural de colágeno.

Especialistas têm dado preferência ao pó hidrolisado, para que fique mais fácil atingir as tais dez gramas diárias (o equivalente a dez cápsulas, por exemplo). No caso das balas, vale para enganar a fome ou matar a vontade de um docinho, mas a percentagem de colágeno ali não é significativa para a pele.

É importante esclarecer que pó e hidrolisado não são necessariamente a mesma coisa:

— O hidrolisado passa por um processo no qual a molécula é quebrada para tornar mais fácil a absorção pelo organismo — diz Lucianna. — Nem toda versão em pó é hidrolisada.

A dermatologista Regina Schechtman, da comissão científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia, faz uma ressalva: os estudos, até agora, foram financiados pelos próprios fabricantes de colágeno.

— Não sabemos ao certo quanto desse colágeno ingerido é absorvido pela pele e quanto é eliminado pelo organismo.

A psicóloga Elizabeth Villar incluiu o pozinho no suco do café da manhã há mais de seis meses, após fazer 42 anos. Não nota a pele mais firme, mas não quer abrir mão dele:

— Não vou conseguir comparar como estaria meu rosto se não estivesse ingerindo o colágeno. Mas afirmar que sinto uma melhora significativa seria mentira.

A publicitária Maria Eduarda Cunha, de 37 anos, jura que sente diferença:

— Depois de dois meses, esqueci de comprar e acabei parando de tomar o pó hidrolisado. Sabe que achei que a pele ficou mais molinha? É sutil, claro, mas senti.

A dermatologista Regina Schechtman lembra que o processo de envelhecimento engloba todas as células e estruturas do corpo. No caso da pele, a hereditariedade é mais determinante do que a quantidade de colágeno que se perde ao longo dos anos, assim como a prática de exercícios e uma boa alimentação, além de se proteger contra os raios UV.

— O sol é um vilão contra o colágeno, degradando-o ao longo dos anos — completa.

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