quarta-feira, 13 de julho de 2011

CADE APROVA BRF= SADIA+PERDIGÃO

Reuters



Cade aprova BRF com restrições para Perdigão, Batavo


BRASÍLIA (Reuters) - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira a incorporação da Sadia pela Perdigão, que deu origem à Brasil Foods, mas com restrições que incluem limitação para o uso das marcas Perdigão e Batavo em alguns mercados.
O acordo fechado entre o Cade e a BRF teve voto favorável de quatro dos cinco conselheiros do órgão antitruste habilitados a votar e garantiu o uso pela BRF da marca Sadia, considerada premium.
A operação que criou uma gigante do setor de alimentos no Brasil e também a maior exportadora de carne de frango do mundo, estava sob avaliação do órgão desde 2009, quando o negócio foi fechado.
Votaram a favor do acordo e da fusão os conselheiros Ricardo Ruiz, Alessandro Octaviani, Marcos Paulo Veríssimo e Olavo Chinaglia.
"O período curto de tempo que negociamos mostra a disposição desse conselho (de chegar a um acordo). A empresa (BRF) mudou radicalmente sua posição inicial (para negociar) ", afirmou Ruiz.
Apenas Carlos Ragazzo, que foi o relator do processo de fusão em junho, votou contra, mantendo o voto do mês passado.
VENDAS E SUSPENSÕES
Ruiz disse que o acordo exige a alienação da estrutura produtiva integrada da BRF, assim como a venda, entre outras, das marcas Rezende, Wilson, Texas, Escolha Saudável, Fiesta, Doriana e Delicata.
O acordo votado também prevê a venda de dez fábricas de alimentos e quatro unidades de produção de ração, entre outros ativos.

Pelo acordo, haverá a suspensão da marca Perdigão por cinco anos para os produtos de lasanha, pizza congelada, almôndegas, kibes e frios saudáveis.
O acordo prevê também que a marca Batavo poderá atuar em qualquer mercado, com exceção das carnes processadas, que ela ficará suspensa por quatro anos.
Outro ponto acertado foi que os ativos alienados sejam vendidos para uma única empresa, para que essa companhia possa rivalizar com a BRF nos mercados.
A Marfrig mostrou interesse inicial em comprar os ativos da BRF, disse uma fonte próxima da situação nesta quarta-feira. Procurada pela Reuters, a assessoria da Marfrig informou que a empresa prefere não comentar o assunto no momento.
A negociação das ações da BRF foi suspensa em função do julgamento no Cade.

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