'Intimidade' com Lula explica ação de Rosemary, diz Folha
São Paulo — A grande influência de Rosemary Noronha no alto escalão do governo federal se explica pela “relação de intimidade” com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, revela reportagem da Folha de S.Paulo publicada neste sábado. A relação deles incomodava, inclusive, a então primeira-dama, Mariza Letícia, ainda de acordo com o jornal.
Rosemary era chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo até operaçãoPorto Seguro revelar um esquema de compra de pareceres técnicos de agências do governo, como ANA (das Águas) e Anac (Aviação Civil).
De acordo com a Folha, Lula e Rosemary se conheceram em 1993, quando ela, egressa do Sindicato dos Bancários, se aproximou do então pré-candidato à Presidência. Rosemary primeiro foi incorporada à equipe de campanha, depois tornou-se secretária de José Dirceu no partido, e, em 2002, quando Lula virou presidente, foi nomeada assessora especial no Planalto.
Um levantamento feito pelo jornal mostra que Rosemary não esteve em nenhuma viagem oficial de Lula na qual a primeira-dama acompanhava seu marido. Algumas vezes ela teria, inclusive, viajado no avião presidencial sem que seu nome estivesse na lista de passageiros oficiais.
Procurado por EXAME.com, o porta-voz de Lula, José Crispiniano, disse que não comentaria o assunto.
Favores
Conversas interceptadas pela Polícia Federal mostram que Rosemary tratou com o próprio Lula, então presidente, a nomeação dos irmãos Rubens e Paulo Vieira, na Anac e na ANA. Sem citá-lo nominalmente, Rosemary, segundo a PF, se referia a ele como PR, de Presidente da República. Paulo Vieira seria o chefe do esquema desmantelado pela polícia.
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