‘Black Friday’: ofertas podem esconder armadilhas
RIO — Quem está ansioso para aproveitar os descontos prometidos pelas redes e sites de varejo nesta sexta-feira, quando será realizada a chamada promoção “Black Friday” no comércio eletrônico brasileiro, deve saber que ofertas tentadoras podem esconder armadilhas.
Segundo o Procon-SP, que monitorou a realização da campanha em 2011, há lojas que manipulam os preços para atrair os consumidores com falsos descontos. As compras por impulso, portanto, devem ser evitadas. E, se possível, deve-se pesquisar os preços das mercadorias em outras lojas antes do início da campanha promocional.
— Lembro do caso de uma tv ofertada a R$ 999 cujo valor inicial foi alterado. O preço real era R$ 1.198, mas a loja aumentou para R$ 1.999 com a intenção de o desconto parecer bem maior. Em um outro caso, o preço de uma geladeira estava sendo apresentado com desconto por uma rede de varejo.
Mas, no site do fabricante do mesmo produto, que não participava da promoção, o valor era bem menor. Acabamos autuando as duas lojas por propaganda enganosa — destaca Márcio Marcucci, diretor de Fiscalização do Procon-SP.
Mas não é só isso: em períodos de grandes eventos no varejo, dizem especialistas, aumenta o risco de o consumidor ser vítima de fraudes, como o roubo de senhas.
Portanto, para participar da “Black Friday 2012” é importante acessar apenas o site da campanha. Ainda assim, será necessário preencher um cadastro, o que também pode tornar o internauta vulnerável.
— Não é apenas a divulgação de informações financeiras que representa risco. Ao preencher um cadastro com suas informações pessoais, o consumidor também deve saber que está se arriscando. É preciso valer muito a pena. Em relação a promoções, o cuidado deve ser redobrado, afinal, não existe almoço de graça. Desconfie da oferta de produtos com preços muito tentadores.
Outra orientação é não clicar sobre links enviados por e-mail. O melhor é copiar o código informado e colar no navegador para acessar a informação — ressalta Gerson Rolim, diretor de Comunicação da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.
De qualquer modo, os produtos comprados durante promoções — em lojas físicas ou em sites — estão cobertos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Nas compras on-line, o consumidor pode cancelar o negócio em até sete dias. Já se o produto for entregue com defeito, a loja tem 30 dias para apresentar uma solução. Caso contrário, deve trocar a mercadoria por uma nova ou devolver o dinheiro ao cliente.
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