sexta-feira, 4 de maio de 2012

CALMA NESTA HORA

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Poupança: especialista aconselha ter calma


Dilma reuniu-se com representantes sindicais para expor proposta / Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

O anúncio do governo sobre as mudanças da poupança, realizado nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff, não é motivo para o investidor se desesperar. Segundo o economista Reinaldo Polito, a única atitude que as pessoas devem ter é "calma". 

Uma MP (Medida Provisória), que deve entrar em vigor ainda nesta sexta-feira, atrela a remuneração da caderneta de poupança à Selic (taxa básica de juros). O critério atual de remuneração da poupança – de 6,17% ao ano mais variação da TR (Taxa Referencial) – vai ser substituído pela variação da TR mais 70% da Selic, quando a taxa básica de juros chegar a 8,5% ao ano ou menos. Atualmente, a Selic está fixada em 9% ao ano.

"Em primeiro lugar, é preciso lembrar que o Copom (Comitê de Política Monetária) não vai sair reduzindo a taxa básica de juros - hoje estipulada em 9% - rapidamente", afirmou Polito. De acordo com o especialista, é preciso que o investidor espere um pouco mais antes de mudar de investimento ou retirar o dinheiro do banco.

O que, de fato, muda

A alteração prevista na medida não interfere nos depósitos feitos até hoje. O valor que já existe continuará variando de acordo com a conta atual. Porém, se ele investir outro valor a partir de amanhã, este poderá sofrer influência da nova regra. 

Com base nas novas regras, se a Selic cair para o índice de 8,5%, a poupança terá uma correção de 6,2% ao ano (lembrando que atualmente o valor é de 6,5%). Se chegar a 8%, o rendimento cai e fica em 5,6%. 

Saiba se a poupança é um bom investimento para você

Conhecida por ser um investimento seguro e isento da declaração do imposto de renda, a poupança é uma boa alternativa para quem quer investir em um pequeno prazo. 

"Se o seu sonho é comprar uma casa daqui alguns anos ou contribuir para aumentar a aposentadoria mais para frente, esta não é uma boa opção", afirmou o economista. 

Nestes casos, Reinaldo Polito sugere a Previdência Privada, o Tesouro Direto ou até o CDB (títulos de renda fixa nominativos, com rendimentos pré ou pós-fixados).

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