quinta-feira, 4 de outubro de 2012

FIM DAS FILAS

Estadão

Empresa especializada em analisar tendências garante que o fim das filas está próximo

Nilton Fukuda/AE

As novas tecnologias, a acessibilidade do consumidor e o fenômeno das redes sociais vão gerar uma consequência: o fim das filas. Pelo menos é a tendência apontada pelo Grupo Talkability por meio do Bullet Love Trends, uma plataforma de estudos de tendências.
De acordo com o presidente do Grupo Talkability, Fernando Figueiredo, o consumidor não vai deixar de ir ao ponto de venda. Pelo contrário. "Houve um período que o consumidor começou a entender e usufruir mais o e-commerce e adquiriu hábitos de consumo online. Mas ele vem sentindo falta de coisas que só acontecem no ponto de venda, como tocar no produto e o atendimento", afirma.
Para Figueiredo, o que explica essa tendência do fim das filas é uma fusão dos dois mundos. O consumidor vai para o ponto de venda, mas utiliza recursos online. "Em função da tecnologia, das plataformas mobile, o consumidor vai para o ponto de venda e consegue otimizar várias tarefas a ponto de reduzir o número de filas", explica.
É o caso do check-in online para embarque nos aeroportos ou mesmo o uso do internet banking e mobile banking. Para as lojas, Figueiredo afirma existe um equipamento que transforma o iPhone em uma máquina de cartão de crédito. Com ele, cada vendedor pode ter uma máquina em vez da loja concentrar as máquinas em um único ponto.
Outro ponto é a autossegmentação. O consumidor pode preencher um cadastro com suas informações, hábitos e tamanhos. Quando ele entra em uma loja, seu perfil é identificado e o atendimento pode ser direcionado, o que otimiza o processo de compra.
A identificação via radiofrequência também é citada para ajudar na compra. Com a tecnologia, é possível entrar no provador com uma peça e receber sugestões de combinações automaticamente. Na hora de pagar, o comprador pode colocar as peças em uma caixa, o sistema lê os preços das roupas e o consumidor pode pagar com cartão de crédito ou débito. Depois, é só colocar as peças na sacola e sair sem preocupações.
"As tecnologias já são uma realidade, não necessariamente no Brasil. As barreiras são os hábitos dos consumidores e a cultura do próprio varejo", afirma Figueiredo.

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