sexta-feira, 10 de junho de 2011

MIN. LUIZ SÉRGIO RESISTE

Do DCI.com



Abandonado por uma ala petista e considerado ex-ministro das Relações Institucionais durante todo o dia de ontem, o titular da pasta, Luiz Sérgio, ainda luta para permanecer no cargo. Irritada com o racha da base no PT, a presidente Dilma Rousseff decide hoje com voto de Minerva se ele fica e, se sair, quem o substitui. No microblog Twitter, no final do dia, ele negou que tivesse pedido demissão, conforme foi noticiado ontem pela imprensa. "Não pedi para sair do governo", esclareceu. 

No entanto, a pressão não para de crescer. Ontem, petistas e peemedebistas se concentraram em encontros a portas fechadas, sempre com o cuidado de esconder que à mesa denegociações estava a "cabeça" de Luiz Sérgio. 


Por mais de uma vez o líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP) saiu à boca de cena para se dizer "constrangido" com o que chamava de especulações acerca da saída do ministro. "Não existe candidato a ministro, essa é uma decisão da presidenta. Quando um nome passa a ser citado na imprensa, acaba sendo escolhido outro", assinalou o líder.

Mesmo se esquivando, Vaccarezza fez um roteiro de reuniões pelo Senado, angariando apoios para se credenciar como substituto. Ele disputa o posto das Relações Institucionais com o colega Arlindo Chinaglia (SP), que tem o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (RS), e do líder do PT na Casa, deputado Paulo Teixeira. Corre por fora a ministra da Pesca, Ideli Salvatti (PT-SC).

O PMDB já acena com apoio a Vaccarezza. "Vimos com bons olhos [a indicação de Vaccarezza]. O PMDB quer ter maior papel na articulação política do governo, mas não necessariamente indicar um nome", comentou o líder da legenda no Senado, Renan Calheiros (AL).



Cautela

No PMDB, a intervenção do vice-presidente Michel Temer serenou os ânimos já que, inicialmente, líderes cobraram participação mais ativa da sigla na articulação política do governo, inclusive sugerindo nomes.

A interlocutores, Temer comentou que o exercício da vice-presidência é incompatível com a interlocução no Congresso. Para o vice há risco de constrangimento no governo para tirá-lo da pasta em caso de insucesso nas negociações com o parlamento.

"Um vice é vice para um governo inteiro. Se houver um ruído, como se faz para demitir o vice-presidente? O entendimento no PMDB é de que deve se evitar esse constrangimento", disse uma fonte.


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